Ari Miranda
Única News
Uma palestra sobre aceitação e combate ao preconceito de gênero para alunos, proferida por uma servidora pública transexual da educação de Várzea Grande, deu o que falar nas redes sociais nesta terça-feira (26). A situação ocorreu na segunda-feira (25) na escola Escola Municipal Mercedes de Paula, no bairro Jardim Paula I.
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Segundo informações, a ideia da palestra surgiu após um caso de bullying na unidade, envolvendo preconceito de gênero entre alunos. Para falar sobre a importância do respeito mútuo entre os colegas de escola, a servidora então falou de sua experiência pessoal e da aceitação quanto à sua própria opção sexual.
Contudo, no recorte da palestra que circula na rede social Instagram, a servidora é criticada e acusada de estar usando a palestra como forma de promover a doutrinação de gênero entre alunos da unidade de ensino.
“A gente precisa entender que existem meninos e meninas e que isso (homossexualidade) pode ser construído com o tempo. Eu quando nasci, nasci do sexo masculino, e todo mundo já sabe, né? Porém, quando eu cresci, eu fui percebendo que eu me identificava como menina”, disse a servidora.
“Se um menino gosta de outro menino, se uma menina gosta de outra menina ou se gosta de menino e menina, isso importa a quem? Só a ele ou ela mesma”, disse em um trecho do vídeo.
Contudo, a fala da servidora gerou reações positivas e negativas de internautas.
“Se os pais não ensinam em casa o respeito ao próximo, melhor aprender na escola no que na rua. Na rua ninguém vai ter a mesma paciência que essa profissional. Se nota que nenhum momento falou sobre sexualidade e sim respeito ao próximo. Parabéns pela abordagem”, disse uma internauta.
“A direção da escola também tem que responder por essa doutrinação… Impossível deixar esse tipo de ‘palestra’ para crianças, que não sabem nem escovar os dentes corretamente”, disse outro.
“Não foi uma palestra! Essa professora (que é muito querida pelo corpo docente e alunos) sofreu preconceito por parte de uma das crianças e com o apoio da escola fez uma pequena fala sobre transexualidade para esclarecer as crianças do porque ela é ‘diferente’”, enfatizou outra.
“Crianças vão para a escola aprender matemática, português, matérias básicas, e não ideologia de gênero. Educação sexual quem tem que dar são os pais em casa, na escola não”, pontuou outra internauta.
Foto: Divulgação
PREFEITURA COMENTOU O CASO
Assim que soube da polêmica envolvendo a servidora da Escola Municipal Mercedes de Paula Sôda, a Prefeitura de Várzea Grande afirmou que não pratica ideologia de gênero em nenhuma de suas Secretarias ou Órgãos Municipais, destacando que promoverá uma investigação para esclarecer os fatos.
“A Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer vai promover o devido esclarecimento dos fatos, que teriam sido motivados pelo tratamento discriminatório contra o profissional da Educação e contra alguns alunos”, destacou.
Além disso, avaliou o caso como um fato isolado e que a manifestação de um profissional da área de Educação, não traduz a opinião e o conceito da Administração Municipal e da política educacional de Várzea Grande, que é contra qualquer tipo de discriminação de raça, cor, credo, destacando ainda que a situação em questão só “viralizou” devido ao momento e a polarização política do país.
“A politização em ano eleitoral visando caminhos transversos acaba provocando discussões desnecessárias como a atual, que em nada contribui para a educação ou para a formação de homens e mulheres, mas o Poder Público Municipal é vigilante e não irá permitir que transformem fatos isolados em crises políticas deflagradas por conceitos de Direita ou de Esquerda”, diz em outro trecho.
“As postagens e seus textos nas mídias sociais parecem mais discriminadoras do que a própria fala do profissional de educação”, pontuou.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
As Secretarias de Comunicação Social; Educação, Cultura, Esporte e Lazer; Governo; Administração e Procuradoria Municipal em atenção ao pedido de esclarecimento deste conceituado órgão de imprensa informa:
– A Prefeitura de Várzea Grande não pratica ideologia de gênero em nenhuma de suas Secretarias ou Órgãos Municipais e refuta toda e qualquer manifestação, venha ela de pessoas ou segmentos;
– Fato isolado ocorrido durante acolhimento de alunos na Escola Mercedes de Paula Soda, localizado no Jardim Paula I, com manifestação de um profissional da área de Educação, não traduz a opinião e o conceito da Administração Municipal e da política educacional que é contra qualquer tipo de discriminação de raça, cor, credo ou qualquer manifestação pública;
– O papel da Educação Municipal é o de ensinar, educar e demonstrar a importância da ética para toda e qualquer missão que as pessoas assumam em suas vidas.
Os Órgãos Municipais informam ainda que a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer vai promover o devido esclarecimento dos fatos, que teriam sido motivados pelo tratamento discriminatório contra o profissional da Educação e contra alguns alunos.
A politização em ano eleitoral visando caminhos transversos acaba provocando discussões desnecessárias como a atual, que em nada contribui para a educação ou para a formação de homens e mulheres, mas o Poder Público Municipal é vigilante e não irá permitir que transformem fatos isolados em crises políticas deflagradas por conceitos de Direita ou de Esquerda.
Lembra ainda que o uso indiscriminado e até mesmo incriminador das mídias sociais é que provocam outras discussões desnecessárias.
As postagens e seus textos nas mídias sociais parecem mais discriminadoras do que a própria fala do profissional de educação.
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Fonte: unicanews