Gabby Petito foi morta em agosto de 2021 pelo namorado, Brian Loundrie, nos Estados Unidos. Mais de um ano depois da morte da influencer, os pais da jovem revelaram que estão processando a polícia de Utah em US$ 50 milhões (R$ 256 milhões na cotação atual).
Nichole Schmidt e Joe Petito alegam que o Departamento de Polícia de Moab poderia ter impedido o assassinato.
Isso porque, de acordo com a revista People, no dia 12 de agosto de 2021, algumas semanas antes da morte de Petito, uma pessoa presenciou uma briga doméstica entre a influencer e Loundrie e a polícia foi chamada ao local.
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Os pais da influencer alegam que os oficiais não trataram a situação como deveriam e que ela poderia estar viva se a intervenção tivesse sido feita da maneira correta.
“A família gostaria que eu enfatizasse que o objetivo deste processo é honrar o legado de Gabby, exigindo responsabilidade e trabalhando por mudanças no sistema para proteger as vítimas de abuso doméstico e violência e prevenir tais tragédias no futuro”, explicou o advogado James W. McConkie durante uma conferência em Utah.
Entrevista Gabby Petito
Em uma entrevista coletiva, Dick Baldwin, que também representa os pais de Gabby no caso, afirmou que a polícia de Moab falhou ao “identificar erroneamente Brian como vítima neste caso, quando claramente não era”. A família também afirma que o departamento “procurou intencionalmente brechas na lei de Utah para poder evitar a aplicação de leis não discricionárias no estado de Utah”.
Testemunhas do processo afirmaram que Eric Pratt, oficial de Moab, foi “fundamentalmente tendencioso em sua abordagem à investigação”, alegando que o profissional era um “abusador doméstico que abusou da autoridade e ameaças de violência para controlar e intimidar parceiros sexuais”.
De acordo com os depoimentos, Pratt teria “se identificando com o agressor de Gabby, ignorando a vítima e seus ferimentos e procurando intencionalmente brechas para contornar os requisitos da lei de Utah e seu dever de proteger Gabby”. Para os pais da influenciadora, o departamento de polícia deveria ter impedido a atuação do oficial na ação.
“Sentimos que precisamos fazer justiça porque ela poderia ter sido protegida naquele dia. Existem leis criadas para proteger as vítimas, e essas leis não foram seguidas, e não queremos que isso aconteça com mais ninguém”, disse Nichole.
Após o conhecimento da ação, os oficiais de Moab emitiram um comunicado em resposta ao processo. “A morte de Gabrielle Petito em Wyoming é uma tragédia terrível, e sentimos profunda simpatia pelas famílias Petito e Schmidt e pela dolorosa perda que sofreram. Ao mesmo tempo, está claro que os policiais do Departamento de Polícia de Moab City não são responsáveis por eventual assassinato de Gabrielle Petito”, explicou.
“Acredita-se que a Sra. Petito tenha morrido em Wyoming no final de agosto de 2021, mais de duas semanas depois que ela e Brian Laundrie visitaram Moab e interagiram com a polícia da cidade de Moab. Os advogados da família Petito parecem sugerir que, de alguma forma, nossos oficiais poderiam ver o futuro com base nessa única interação. Na verdade, em 12 de agosto, ninguém poderia prever a tragédia que ocorreria semanas depois e a centenas de quilômetros de distância. A cidade de Moab se defenderá ardorosamente contra esse processo”, completou a nota.
Fonte: midianews.com.br