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Paciente espera 3 anos por cirurgia bariátrica e tem procedimento cancelado de última hora

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A suspensão de cirurgias bariátricas, em cima da hora, no Hospital Regional tem revoltado pacientes que precisam passar pelos procedimentos em Mato Grosso do Sul. Após esperar por três anos, uma moradora teve a cirurgia desmarcada e sequer há data para o reagendamento da cirurgia.

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Hrms (Hospital Regional De Ms), Localizado Em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

“Eu tive depressão após o término de um casamento. Eu morava em outra cidade, voltei para a cidade de Natal, só com os filhos, sem nada, com todas as minhas coisas, tive que começar do zero. Então tudo isso foi virando gatilho, trabalhava bastante, não tinha horário exato pra comer, comia muito errado, e foi virando uma bola de neve”, diz a paciente, que pediu para não ter a identidade divulgada.

Diante de tantos problemas a moradora engordou 80 quilos e a cirurgia bariátrica foi recomendada pelo médico. Mas quando tudo já estava pronto para o procedimento no hospital, veio a notícia.

“Fiz todos os exames, já estava com todos os laudos, mas daí mandaram uma mensagem pra mim pelo WhatsApp cancelando. Eu liguei e não quiserem dar mais informações. Outros pacientes também ficarão nessa situação quando inclusive já estavam com passagem comprada para Campo Grande e teve que desmarcar”, desabafa.

Em nota o hospital informou que cirurgias bariátricas são consideradas eletivas e que precisaram ser reagendadas para acomodar procedimentos de urgência e emergência no centro cirúrgico. O HR também disse que existem 10 pacientes na fila de espera.

Já a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) da capital disse que não foi sido notificada sobre a suspensão dos procedimentos.

Em Mato Grosso do Sul apenas dois hospitais oferecem a cirurgia. O Hospital Regional e o Hospital Universitário, que atualmente faz dois procedimentos por semana.

Para fazer o procedimento de forma gratuita, o paciente precisa, inicialmente, dar entrada no tratamento ainda na atenção primária e ser encaminhado pra a atenção especializada assim que necessário.

Este acompanhamento é feito com psicólogo, psiquiatra e nutricionista, que avaliam o quadro clínico do paciente. A partir do momento em que ele começa a apresentar resultados, como perda de peso, é encaminhado ao ambulatório pelo sistema de regulação.

Clícia Moura é médica endocrinologista e explica que a demora para a realização do procedimento, pode gerar um risco para a saúde do paciente.

“Os pacientes que precisam de cirurgia bariátrica, eles geralmente têm várias comorbidades, alguns tem até comorbidades psiquiátricas, como ansiedade, compulsão alimentar. Então, quando uma cirurgia está programadas, mas de repente ela é suspensa, isso vai gerar um desconforto em relação à saúde mental dos pacientes. Alguns pensam em desistir, voltam a descontar na comida”, comenta.

Fonte: primeirapagina

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