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Os impactos dos anabolizantes: beleza física x saúde mental

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Anabolizantes ou esteroides anabolizantes são substâncias sintéticas que imitam a testosterona, que é o hormônio sexual masculino. São usados em medicina para tratamento de níveis baixos de testosterona e para evitar a flacidez de músculos de pacientes acamados ou de portadores de doenças graves e consumptivas com definhamento e perda de massa magra, como é o caso do câncer incurável em fase terminal.

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O problema é que além do uso sob indicação médica, há também o uso paralelo, sem indicação na medicina. Pelo contrário, trata-se de um consumo contraindicado, que tem como objetivo aumentar a massa muscular e melhorar a performance física e a estética do indivíduo, geralmente atleta, mas que, ao lado desses supostos benefícios, esses esteroides podem causar diversos problemas médicos, de ordem física e mental. Os anabolizantes, ainda, são frequentemente encontrados no exame antidoping de atletas, e como seu uso nesses casos é proibido por lei, pode ter, como consequência, punições, com afastamento do atleta das atividades desportivas.

Muito embora os anabolizantes tenham ação muscular, agem indiretamente no sistema nervoso e, não raramente, alteram o comportamento e o humor, com variações bruscas das emoções e episódios frequentes de agressividade. É aí que mora o perigo, uma vez que episódios desproporcionais conhecidos como Roid Rage ou Raiva Esteroide levam a agressões verbais e físicas dirigidas a outras pessoas e, algumas vezes, até a agressões potencialmente homicidas, com muitos casos de assassinatos já relatados.

Os males psíquicos, porém, não são dirigidos apenas a outras pessoas, mas também ao próprio usuário que pode desenvolver, desencadear ou agravar quadros como ansiedade, depressão, e distorções da imagem corporal. Os males físicos também ocorrem, com aumento do risco de infarto agudo do miocárdio e comprometimento grave do fígado. É comum haver infertilidade nas mulheres e aumento das mamas (ginecomastia) nos homens.

É importante tomar conhecimento de que nas mulheres, a calvície surge com mais frequência, além de alterações cutâneas, modificação no timbre da voz, ganho de massa muscular, alteração menstrual e risco de infertilidade irreversível. Nos homens, por sua vez, há também alteração cutânea, com aparecimento de acne e calvície; problemas hepáticos, impotência sexual, infertilidade, ginecomastia, e diminuição do tamanho peniano.

Apesar de lícita, não se trata de uma droga segura. Além de todos os problemas físicos e mentais, precisamos saber que ela pode causar dependência, com aumento do uso da substância e, consequentemente, maiores riscos de danos físicos e mentais.

Infelizmente, a busca do corpo atlético perfeito faz que o usuário dessas substâncias negue a utilização das mesmas e não deseje interromper seu uso. Com isso o consumo prolongado é inevitável e com ele todos os problemas inerentes à utilização dessas substâncias, sem qualquer indicação ou prescrição médica.

Trata-se de um problema de saúde e seu tratamento deve ser multidisciplinar, por meio de psicoeducação, psicoterapia e o manejo psiquiátrico. Não devemos esquecer da necessidade de orientação de nossas crianças e adolescentes, pois quando fazemos uma abordagem correta dessas faixas etárias, estamos fazendo prevenção e prevenção é o melhor caminho para evitar o uso de drogas.

Fonte: primeirapagina

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