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OAB-DF suspende advogado por coação a conselheiro do CNMP: Entenda o caso

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Via @metropoles | O Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) suspendeu o registro profissional de Walisson dos Reis Pereira da Silva, que foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira (19/12). Com a decisão, ele está proibido de atuar como advogado por 90 dias.

Walisson é investigado por coação do também advogado e conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Engels Muniz. Segundo as investigações, Walisson mandou mensagens para Engels com fotos do colega de profissão e de parentes do conselheiro do CNMP. Além disso, Walisson questionou Engels sobre o processo no qual atuou como advogado de um policial que matou um suspeito durante abordagem na Bahia.

A abordagem do advogado, de acordo com a apuração, destoa dos parâmetros regulares da atuação profissional e indica tentativa de “atemorizar” o colega.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apreendeu computadores e celulares “que comprovam o envio de mensagens às autoridades públicas”.

“O investigado responderá pelo crime de coação no curso do processo, cuja pena máxima pode chegar a 4 anos de reclusão e multa. As investigações continuam”, informou a delegacia.

A OAB-DF disse que o processo no TED tramita em sigilo e, por isso, não pode fornecer informações.

O que diz a defesa

O advogado de Walisson, Samuel Lucas Procópio, disse que, “no entendimento da defesa, a OAB errou gravemente”. “Para suspender preventivamente o advogado, a OAB precisa fazer até mesmo sessão especial – isso é previsto no Estatuto da OAB”, afirmou.

Procópio informou que Walisson atua em casos de violência policial, “não pertence a organização criminosa e não atua mais no caso da Bahia”. O advogado contou que Walisson recebeu mensagem, na rede social, de familiares do homem que foi morto pelo policial. Segundo Procópio, Walisson apenas mandou as imagens que recebeu para Engels e perguntou se ele atua no processo.

“O policial que matou ente querido daqueles familiares tinha saído da cadeia e o advogado entrou em contato com o conselheiro. Doutor Walisson jamais o ameaçou. Apenas encaminhou para o advogado e perguntou se ele atuava no processo. Em nenhum momento ameaçou e fez procedimento que, perante a lei, causasse injusto grave para caracterizar busca e apreensão do advogado e colocar tornozeleira eletrônica nele”, disse.

Isadora Teixeira
Fonte: @metropoles

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