Os sindicatos brasileiros estão 50% menores do que há 10 anos atrás. De 2013 a 2023, mais de 6 milhões de pessoas deixaram de fazer parte dessas organizações. Um movimento inverso a quantidade de brasileiros que entraram no mercado de trabalho neste mesmo período.
Os dados são de um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mede a “popularidade” dos sindicatos desde 2012.
Aliás, a pesquisa aponta que, desde que a medições tiveram início, o número de pessoas filiadas aos sindicatos nunca cresceu.
- 100,7 milhões é o número de brasileiros trabalhando;
- 8,4 milhões é o número de brasileiros sindicalizados.
Qual o perfil de quem se filia a um sindicato?
Como você já deve estar imaginando, o levantamento do IBGE aponta que a maioria dos sindicalizados são funcionários públicos. Mas talvez te surpreenda saber que só 18% deles fazem parte de algum sindicato.
Além disso, trabalhadores com ensino superior representam uma marior parcela dos sindicalizados no Brasil. Entre as pessoas com essa escolaridade, cerca de 13% são filiadas.
E quando se trata das regiões do país, as proporções de trabalhadores sindicalizados é a seguinte:
- Norte – 6,9%
- Centro-Oeste – 7,3%
- Sudeste – 7,9%
- Sul – 9,4%
- Nordeste – 9,5%
O que explica a queda?
Para os técnicos do IGBE, a explicação está na Reforma Trabalhista, aprovada em 2017. Entre as mudanças feitas na época esteve a desobrigação do pagamento da contribuição sindical.
Segundo reportagem do portal The News, desde então, o volume de dinheiro arrecadado pelos sindicatos brasileiros caiu 98%. Passou de cerca de R$ bilhões por ano para cerca de R$ 68 milhões.
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Fonte: olivre.com.br