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Número de casos de malária em Mato Grosso registra queda de 60%

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Neste domingo (06.11), é celebrado o Dia da Malária nas Américas. A data foi estabelecida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para despertar a atenção das autoridades e profissionais de saúde para a doença, que atinge milhões de pessoas no mundo.

Em Mato Grosso, entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados 1.386 casos, número 60% menor que o mesmo período do ano passado, que atingiu 3.473 casos.

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, Marlene da Costa Barros, um dos fatores que influencia a redução dos casos no estado foi o fechamento do garimpo Sararé, em Pontes e Lacerda, em dezembro de 2021, e a permanência da Polícia Federal na região.

“Além disso, as ações fiscalizatórias e de conscientização recorrentes do estado, em conjunto com os municípios, têm contribuído para essa queda. Para corroborar ainda mais com o cenário de diminuição, estamos atualizando o nosso Plano Estadual de Eliminação de Malária em Mato Grosso”, informa Marlene.

Com o objetivo de inibir o aumento da doença no estado, a SES adotou diversas medidas entre 2020 e 2022, como emissão de alerta para as secretarias municipais de Saúde sobre a ocorrência de casos da doença na região de garimpo em e Pontes e Lacerda; reunião e visitas técnicas nos municípios; distribuição rotineira de medicamentos antimaláricos e testes rápidos de diagnóstico para malária; distribuição de mosquiteiros, impregnados com inseticida, para proteção contra o vetor; distribuição de material educativo e guias de diagnóstico e tratamento para os municípios; e distribuição de equipamentos para controle do vetor da malária, além de capacitações dos profissionais de saúde das secretarias municipais de Saúde, em diagnóstico e tratamento, controle vetorial e vigilância epidemiológica.

Cenário mundial e nacional

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, aproximadamente 229 milhões de casos de malária foram registrados em todo o mundo, com cinco países respondendo por 51% da carga total de malária no mundo. No Brasil, em 2021, de acordo com o Boletim Epidemiológico 17/2022, do da Saúde, foram detectados 139.211 casos de malária. Comparando com o ano de 2020, houve redução de 4,1%.

Cerca de 99,9% da transmissão da malária no Brasil ocorre na região amazônica, com 33 municípios concentrando 80,0% do total de casos em 2021. Apesar disso, surtos esporádicos ocorrem em região extra-amazônica e são de grande preocupação, pois podem resultar no aumento de casos em áreas de baixa transmissão ou na reintrodução da endemia em áreas livres de malária por décadas.

O Ministério da Saúde, por meio Programa Nacional de Controle da Malária, lançou, em 2022, “Plano Nacional de Eliminação de Malária” com quatro : reduzir a incidência para menos de 68 mil casos até 2025; para menos de 14 mil até 2030; reduzir o número de óbitos para zero até 2030 e eliminar sua transmissão até 2030.

“No novo plano de Mato Grosso, Estado e municípios também têm metas a serem alcançadas. O objetivo é que até 2035 a gente fique livre da malária no Brasil”, conta Marlene.

Sobre a doença

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do tipo Plasmodium, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, também conhecido como “mosquito prego”. Existem mais de cem tipos de plasmódio, mas, dentre os que infectam o homem, quatro se destacam – Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. Em Mato Grosso, atualmente, as infecções ocorrem com P. falciparum e P. vivax.

“A malária é uma doença de notificação compulsória, em que todos os casos suspeitos devem ser notificados às autoridades de saúde. O diagnóstico e tratamento são fornecidos gratuitamente pelo SUS”, conclui Marlene.

Fonte: GOV MT

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O médico neurologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Acary Souza Bulle Oliveira, alertou para a imunização e manutenção do ciclo correto da vacina contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil.

Segundo ele, a doença estava erradicada no país desde 1990, porém a baixa cobertura, cuja taxa está em 61%, em crianças com até cinco anos de idade, pode provocar seu retorno.  

Oliveira, que participou da abertura do 1º Fórum de Poliomielite e Síndrome pós-poliomielite, promovido pelo Governo do Mato Grosso, nesta sexta-feira (04.11), lembrou que a poliomielite é uma doença antiga que devastou famílias brasileiras entre as décadas de 60 e 90.

“Só quem viu a dramaticidade desta enfermidade, sabe do que estou falando. Passamos 33 anos sem nenhum caso em nosso país, mas o vírus continua ativo no mundo e, se não reforçarmos a vigilância, esta doença, altamente contagiosa, pode retornar a qualquer momento. Por isso, entendam que a vacina é a maior conquista do ser humano. Continuem vacinando as suas crianças e mantendo a cobertura vacinal plena, porque estas gotinhas salvam vidas”, alertou.

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O evento segue até este domingo (06 de novembro), no Teatro Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, com palestras e rodas de conversas envolvendo especialistas em poliomielite, com o objetivo de discutir diagnóstico e tratamentos da doença.

“É uma satisfação ser parte deste importante acontecimento a nível nacional e com grandes personalidades civis. Temos aqui pessoas resilientes e fundamentais para entendermos o passado, aqueles que convivem com a síndrome pós-poliomielite. Alguns dos que tiveram poliomielite quando crianças são diagnosticados com a memória da doença e, depois de anos, adquirem uma nova fraqueza muscular e infelizmente, têm que conviver com estas limitações “, explicou o neurologista.

Tais Augusta de Paula, superintendente de Promoção e Articulação de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, da Casa Civil, destacou a importância de políticas diretas para esse público.

Ela é uma vítima da poliomielite, desde os dois anos de idade, e luta contra os aspectos da síndrome pós-poliomielite. Seu principal apelo foi para que pais e familiares mantenham a vacinação de suas crianças em dia.

“O Brasil vem registrando queda na procura pela vacina contra a poliomielite, por isso,  junto com o governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virginia Mendes, que são muito sensíveis à causa, quisemos que o nosso Estado saísse na frente e trouxesse uma equipe multidisciplinar, além de vítimas da síndrome pós-pólio da capital e municípios adjacentes, para debater diagnósticos, desafios e tratamentos da doença”, disse, acrescentando que seu trabalho no governo busca amenizar o sofrimento das pessoas acometidas da doença.

“É importante destacar que, quando a atual gestão assumiu o governo, havia uma fila imensa de pessoas precisando de cadeiras de rodas e aparelhos auditivos. Hoje, estamos com essa fila quase zerada. Essa é mais uma ação essencial de nosso governador, que governa para todos, para que todas as pessoas sejam incluídas, tenham acessibilidade e qualidade de vida”, afirmou Tais.

O vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Campo Novo do Parecis (ADCAMP), acometido pela síndrome, Judimar Coringa, falou que, desde 2007, há uma tentativa da promoção de fóruns e seminários para dar este olhar informativo para a doença. “Não tinha quem nos acolhesse, então este é um marco histórico para a nossa classe, é um sonho antigo, que através do governador Mauro Mendes, está se tornando realidade”, comemorou.

A secretária adjunta de Ação Governamental da Casa Civil, Claudia Cristina Ferraz de Sousa, representante do governador, ressaltou que este 1º Fórum é fruto de um trabalho idealizado em equipe. “Com espírito de união e com o objetivo de alcançar resultados significativos e momentos de engrandecimento pessoal, estamos dando início a este grandioso evento, pautado pela inteligência e sensibilidade dos palestrantes e de todos os envolvidos e parceiros. Este fórum foi feito para vocês”, finalizou.

O evento é realizado pela Superintendência de Promoção e Articulação das Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência, ligada à Secretaria Adjunta de Ação Governamental da Casa Civil, em parceria com a Assembleia Legislativa, Prefeitura de Campo Novo do Parecis, Associação dos Deficiente de Campo Novo do Parecis, Universidade Federal de São Paulo e secretarias de Estado de Saúde, de Assistência Social e Cidadania, de Meio Ambiente e de Agricultura Familiar.

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Poliomielite e Síndrome pós-poliomielite 

A poliomielite é uma doença contagiosa e causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos. Nos casos graves, pode levar à paralisia nas pernas. Não existe tratamento e nem cura, mas pode ser evitada com a vacina, que é segura e eficaz. Já a síndrome pós-pólio é uma desordem do sistema nervoso que se manifesta em indivíduos que tiveram poliomielite há, aproximadamente, 15 anos ou mais. Ela apresenta um novo quadro sintomatológico: fraqueza muscular e progressiva; fadiga e dores musculares e nas articulações.

Ainda dá tempo

Mesmo com o fim da Campanha Nacional de Vacinação, crianças de cinco anos ou menos podem tomar a vacina nos postos de saúde de seus municípios, de segunda a sexta-feira, de 07h às 11h e de 13h às 17h.

Fonte: GOV MT

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Os servidores do Indea vão deixar os papeis com carbono para trás e passar a fazer fiscalização em campo com um kit portátil, composto por impressora e notebook touch screen, que começaram a chegar à autarquia nesta semana.

Ao todo, são 142 kits, adquiridos com recursos do Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente (Fase). O Indea, por meio da Coordenadoria de Defesa de Sanidade Vegetal, apresentou o projeto para modernização da fiscalização e recebeu o aporte financeiro de R$ 1,4 milhão.

A engenheira agrônoma Ana Paula Vincenzi explica que a medida trará mais agilidade ao serviço, evitando o retrabalho de ir a campo, preencher os termos de fiscalização ou autos de infração e, ao chegar à do Indea, ter que passar a limpo e lançar em sistema.

“É mais uma etapa do Indea sem papel. O servidor direto no Sigadoc, o fiscalizado assina o documento e já imprime a via dele no local”, comentou.

O projeto de modernização também engloba a compra de cerca de 250 tablets para todas as unidades do Indea em Mato Grosso, com aplicação de sistemas mobile com preenchimento de documentos. Os recursos serão provenientes do Fundo de Emergência de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (FESA), no valor aproximado de R$ 400 mil.

Fonte: GOV MT

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