O Ministério da Saúde divulgou que concluiu a distribuição para os estados brasileiros de 5,6 milhões de comprimidos de um novo medicamento, os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg, que possuem como finalidade auxiliar no tratamento de pacientes com Aids ou HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
Segundo o médico infectologista Maurício Pompílio, esses medicamentos simplificam o tratamento de HIV.
“Nos últimos anos houve uma simplificação do tratamento antirretroviral, que as pessoas conheciam como o nome de coquetel. Me lembro que décadas atrás, às vezes, o paciente precisava fazer uso de 15, 20 comprimidos ao dia ou mais. Estamos numa nova fase e o Ministério da Saúde incorporou um novo fármaco co-formulado”, explica.
Segundo o especialista, com isso, os pacientes precisam ingerir apenas uma cápsula por dia. “É suficiente para o tratamento daquelas pessoas que estão conduzindo de forma aderente, segura, uso diário do seu remédio. Então reduz assim os eventos adversos aos medicamentos e facilita a adesão desse paciente ao tratamento”, frisa.
Veja o que muda
Anteriormente, o tratamento envolvia a combinação de vários medicamentos para suprimir o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os pacientes podem realizar o tratamento com apenas uma dose diária.
Com base na disponibilidade do medicamento, a migração de uso para o comprimido único deverá acontecer de forma gradual e contínua, seguindo seguintes crítérios:
- Idade igual ou superior a 50 anos;
- Adesão regular;
- Carga viral menor que 50 cópias no último exame;
- Ter iniciado a terapia dupla até 30/11/2023.
Esses critérios poderão ser revisados em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.
Entre 2017 e 2021, a Aids foi a causa básica da morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil.
Fonte: primeirapagina