Em contato com a Defesa Civil de Rondonópolis, foi informado que o nível em 95 centímetros está muito menor do que o registrado em anos anteriores, como em 2020, 2021, 2022 e 2023. As mínims chegaram às marcas de 1,35 metro, 98 centímetros, 78 centímetros e 56 centímetros, respectivamente.
Enquanto isso, conforme o acompanhamento semanal do feito com base nos levantamentos realizados pela Marinha do Brasil, os níveis do principal afluente da Princesinha do Paraguai também levantam alertas. Há exatamente uma semana, o nível do rio estava em 39 centímetros, no entanto, a marca negativa já foi superada, para 37 centímetros. A média do rio no ano passado foi de 1,54 metro.
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Isso porque, desde o começo do mês de setembro, o rio Paraguai tem tido quedas sucessivas de nível e há três dias está na marca de 37 centímetros, profundiade que corresponde a 5 centímetros a menos do que a menor marca de 2023, quando o rio chegou a 42 centímetros.
Vale lembrar que, quanto ao rio Paraguai, a situação já foi pior, como ocorreu em setembro de 2021, em que o nível chegou a 26 centímetros, bem abaixo do que em 2020, quando o pior registro foi de 50 centímetros.
A falta de chuvas e o avassalador combo de calor e tempo seco têm provocado as baixas nos rios. O que piora a situação é que não há previsão de chuva expressiva para nehuma das regiões nesta semana, conforme aponta o instituto Climatempo.
O rio Paraguai é um dos principais rios da América do Sul. Ele corre no sentido noroeste-sudoeste e apresenta extensão de 2.695 km entre a sua nascente e a sua foz, percorrendo os terrenos predominantemente planos que formam a planície do Pantanal mato-grossense entre os estados brasileiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de estar inserido nos três principais biomas do Estado: Cerrado e Pantanal.
O rio é quem banha uma das áreas de maior biodiversidade do país, que é o Pantanal, que está sendo impactado pela seca do afluente e pelas queimadas na região. Somado a isso, ele serve tanto para o abastecimento direto dos municípios quanto como via de transporte estratégica na América do Sul, por percorrer Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
Fonte: leiagora