Segundo o depoimento, a vítima e uma amiga identificada pelas iniciais A.H.B.O. foram juntas para a boate, onde começaram a ingerir bebidas alcoólicas. Depois de um tempo, foram convidadas para um camarote por um homem chamado Vicente e continuaram a consumir álcool.
Durante a festa, a jovem de 18 anos apresentou sinais de embriaguez e precisou ir ao banheiro com outra mulher que estava presente no camarote e, para vomitar. A.H.B.O. auxiliou a amiga, que, após se recuperar parcialmente, continuou bebendo e interagindo no camarote.
Quando decidiram ir embora, por volta das 3h da madrugada, solicitaram um veículo por aplicativo pelo aparelho celular da vítima. Ambas estavam alteradas pelo consumo de álcool, mas, conscientes, segundo a testemunha. No caminho para casa, dentro do carro Gol branco, a vítima mencionou ter ingerido um comprimido de Dramin dado por outra pessoa, sem especificar quem ou em que momento. Contudo, A.H.B.O. declarou que ambas estavam conversando normalmente, enquanto o motorista permanecia em silêncio, “porém olhava bastante pelo retrovisor”.
A.H.B.O. contou que foi a primeira a ser deixada em casa e que, enquanto desembarcava, pediu à amiga que avisasse quando chegasse em casa e alertou ao motorista: “cuidado com ela, qualquer coisa me avisa!”.
No entanto, ao tentar contatar com a amiga durante a madrugada, não recebeu respostas. Às 6h42, foi informada por um familiar da vítima de que ela havia sofrido uma tentativa de estupro. Em seu depoimento, a mulher relatou todos os detalhes que lembrava sobre a noite, destacando que a amiga não aparentava ter perdido a consciência na boate.
Segundo relatos já divulgados, a vítima foi encontrada pela família em um posto de gasolina, no qual os funcionários afirmaram que a mulher foi deixada por um homem que se apresentou como motorista de aplicativo, alegando não ter encontrado o endereço da casa da jovem.
Quando a família chegou ao local, a mãe da vítima a acompanhou até o banheiro, momento que visualizou algumas marcas na parte de trás de seu corpo, que apresentava vermelhidão e arranhões, o que levantou a suspeita de estupro.
Agora, com o depoimento de A.H.B.O., a polícia trabalha para investigar o motorista de aplicativo. A casa noturna Nuun Garden forneceu imagens das câmeras de segurança para ajudar a elucidar o possível crime.
Inicialmente, uma jovem de 18 anos denunciou ter sido dopada e estuprada em uma boate situada no bairro Quilombo, em Cuiabá, na madrugada do dia 12 de janeiro.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que estava com um grupo de conhecidos na boate e, em determinado momento, bebeu um copo de bebida de alguém da roda e, depois disso, não se recordava do que aconteceu.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Verdão, a mãe da jovem relatou aos policiais que a filha apresentava sinais de sonolência, falta de consciência e tremores pelo corpo.
Diante da denúncia, os fatos são apurados pela Delegacia da Mulher de Cuiabá.
Fonte: leiagora