Em nota divulgada na terça-feira (26), a APP informou que novos pacientes não serão atendidos, enquanto aqueles já internados deverão ser transferidos no prazo de 30 dias. A empresa argumenta que a situação financeira inviabiliza a continuidade dos serviços e destaca que, mesmo com repasses do Governo do Estado, o município não está quitando os débitos com fornecedores.
O número de internados varia diariamente e atualmente são oito crianças na UTI. A empresa informou que não vai reduzir o número de profissionais nesse momento, até que haja a fiscalização do Conselho Regional de Medicina e a devida transição do atendimento, o que deverá ocorrer nos próximos 30 dias.
A Empresa Cuiabana, segundo a APP, foi notificada oficialmente sobre a suposta paralisação no dia 19 de novembro. O comunicado foi retificado nessa terça-feira (26).
A Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), responsável pela gestão do HMC, também se manifestou sobre a situação. Em nota à imprensa, informou que a suspensão dos pagamentos à APP está relacionada a investigações em andamento sobre possíveis irregularidades em processos licitatórios, incluindo a contratação para a UTI pediátrica e o pronto-atendimento do hospital.
De acordo com a ECSP, a medida de suspender temporariamente os repasses foi adotada como precaução, visando garantir a legalidade e a transparência nos processos administrativos. A Prefeitura garantiu que a decisão não teve como objetivo prejudicar o atendimento aos pacientes e afirmou estar buscando uma solução para o impasse.
Ainda segundo a nota, uma reunião entre a diretoria da ECSP e representantes da APP Serviços Médicos está agendada para esta quarta-feira (27). O objetivo do encontro é regularizar a situação e evitar que a população sofra prejuízos no acesso aos serviços de saúde.
Quanto à ameaça de paralisação de serviços no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), a Empresa Cuiabana de Saúde Pública esclarece à população e aos profissionais de saúde;
A ameaça de paralisação dos serviços prestados pela empresa terceirizada APP Serviços Médicos no hospital decorre de questões administrativas e financeiras que estão sendo devidamente tratadas pelas partes envolvidas.
A suspensão de pagamentos à APP foi motivada por investigações em andamento relacionadas a irregularidades em processos licitatórios. Estas investigações, que envolvem, entre outros aspectos, a licitação para a UTI e a porta de entrada do hospital, levaram o HMC a adotar uma postura cautelar, suspendendo os pagamentos até a obtenção de um parecer oficial, com o intuito de assegurar que todos os atos estejam em conformidade com a legislação vigente.
É importante destacar que essa medida foi tomada para garantir a transparência, o zelo pela legalidade e a segurança nos processos administrativos, sem que isso afetasse a continuidade da assistência à saúde dos pacientes. O hospital segue comprometido com a qualidade dos serviços prestados à população e com a regularização de todas as pendências de forma responsável e conforme as orientações das autoridades competentes.
Em busca de uma solução rápida e eficaz para o impasse, nesta quarta-feira (27), está marcada uma reunião entre a Diretoria da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) e a empresa APP Serviços Médicos, a fim de resolver as pendências e garantir que os serviços sejam retomados sem maiores transtornos à população.
O Hospital Municipal de Cuiabá reforça seu compromisso com a saúde pública e com a legalidade, e agradece a compreensão de todos enquanto trabalha para resolver a situação de maneira transparente e eficaz.
Fonte: Olhar Direto