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Juiz nega soltar estagiário que se passou por advogado para “evitar novos crimes”

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Via @campograndenews | O juiz Roberto Ferreira Filho manteve a prisão preventiva de B.H.A.L., preso por estelionato e porte ilegal de arma de fogo no dia 30 de outubro deste ano. Ele é acusado de se passar por advogado e exigir dinheiro das vítimas para supostamente dar andamento em processos.

A defesa de B.H.A.L. entrou com o pedido de liberdade no dia 6 de novembro. No documento, o advogado Jefferson Nascimento Bezerra afirma que o crime que o cliente supostamente praticou tem menor potencial ofensivo e ele se compromete a ressarcir os prejuízos da vítima que o acusa do golpe de mais de R$ 600 mil.

Além disso, o defensor pontua que o acusado não tem nenhuma condenação por crime doloso, ou seja, se enquadra como réu primário. “Logo, a liberdade do suposto infrator é medida que deve ser imposta, sendo este apenas o primeiro dos vários motivos aptos a justificar a liberdade provisória de B.H.A.L. Henrique”, escreve Jefferson.

Na quinta-feira (21), o pedido foi analisado pelo juiz Roberto Ferreira que decidiu negar a liberdade para B.H.A.L.. O magistrado afirma que a prisão é necessária para garantir a ordem pública, assim como a instrução criminal e a aplicação da lei.

“Conforme narra a denúncia, o réu teria praticado, por mais de cem vezes, estelionato em desfavor da vítima que causou prejuízo, em tese, de R$ 602 mil, o que demonstra a necessidade de se aguardar a instrução criminal […] além do fato de o acusado ter sido flagrado portando arma de fogo com numeração raspada, assim há indícios de práticas de crimes cujas penas máximas são superiores a quatro anos”, declarou o juiz.

Por fim, Ferreira destaca que manter B.H.A.L. preso evitará ainda a prática de novos crimes já que, apesar de ser tecnicamente primário, o réu tem diversas ações penais em curso que apontam o mesmo delito supostamente praticado por ele.

Organização criminosa – Além da acusação de estelionato, B.H.A.L. foi citado e denunciado por envolvimento no grupo que aplicava golpes em diversas empresas e depois revendia mercadorias. A organização foi alvo de operação da 3ª Delegacia de Polícia Civil que acabou levando à prisão o proprietário da Alemão Conveniência e da Maximus Chiparia, em Campo Grande, por compra de fécula de mandioca furtada pela quadrilha.

B.H.A.L. foi apontado como o responsável por pagar os entregadores que eram usados pela quadrilha para buscar a mercadoria nas empresas. O grupo negociava o pagamento dos produtos através de boleto e depois revendia tudo. O caso já foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), mas continua sendo investigado.

Por Ana Paula Chuva
Fonte: @campograndenews

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