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João Carreiro: Alucinações e Depressão o Afastam dos Palcos

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O cantor João Carreiro, que morreu na última quarta-feira (3), vítima de intercorrência após cirurgia cardíaca, sofreu grave depressão e quadro de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) entre 2013 e 2015, segundo contou durante participação no programa Encontro, comandado por Fátima Bernardes à época.

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João Carreiro Morreu Nesta Quarta-Feira (3) Após Cirurgia Cardíaca (Foto Douglas Melo)

Na entrevista, relembrada no semanário Meu MS deste sábado (6), o sertanejo abriu o coração e contou sem titubear sobre o drama que teve início em setembro de 2012. Após perceber que não estava bem mentalmente, com ajuda da esposa, buscou auxílio médico.

Foi quando o diagnóstico veio e a orientação era pausar imediatamente a carreira. Então dupla com Capataz, ele pediu para honrar os compromissos já fechados até dezembro e em janeiro de 2013 anunciou o hiato, mesmo estando no auge.

“Tive depressão e TOC. Na época eu fiquei muito mal, a dupla estava no melhor momento da carreira, ninguém entendeu aquilo. Não entenderam o porquê de eu parar. Eu precisava cumprir os compromissos, terminei aquele ano, mas foi muito difícil”, lembrou.

Mal sabia, mas os dois anos que estavam porvir seriam de muita luta. Devido ao TOC, ele tinha pensamentos invasivos. Segundo relatou, tinha impressão constante de que seria agredido por quem o cercava. Sempre “via” cenas em que era morto de forma trágica.

“O que via na minha mente era real. As únicas pessoas que eu confidenciava eram a minha esposa e meu psiquiatra. Eu tinha certeza que aquilo ia acontecer. Se eu tinha uma imagem de um amigo, depois eu ia ver ele pessoalmente e essa pessoa saía, achava que era para me matar. Aquilo não acontecia, minha cabeça formava outra tragédia”.

Com acompanhamento médico e medicamentoso, além de entendimento do que vivia naquele momento, conseguiu contornar a situação e voltou aos palcos em 2015.

Partida prematura

João Carreiro era natural de Cuiabá, capital do Mato Grosso, mas foi em Campo Grande que decidiu viver. A morte ocorreu de forma prematura, aos 41 anos. A despedida do cantor ocorreu entre os dois estados, iniciou em solo sul-mato-grossense, na Câmara Municipal de Campo Grande e terminou no Aecim Tocantins, ginásio cuiabano.

Fonte: primeirapagina

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