Cinco meses após dar à luz aos gêmeos Mel e Bento, a atriz Isa Scherer compartilhou nas redes sociais que sua barriga está flácida.
“Quanto mais volto ao meu peso normal, mais pele sobra”, disse ela em um story publicado no Instagram.
A flacidez é uma das principais mudanças corporais entre grávidas e mulheres que deram à luz há pouco tempo.
Na maioria das vezes, ela é causada pelo afastamento natural dos músculos retos da barriga, no meio do abdome, que se separam para abrigar o bebê.
Esse processo é conhecido como diástase abdominal. A dermatologista Elisete Crocco, da SBD (Sociedade Brasileira de dermatologia), usa a metáfora de um elástico para explicar como surge a flacidez muscular:
Imagine que as fibras na região do abdome estão todas intermeadas de colágeno e de fibras elásticas num arranjo heterogêneo, bem misturado.
Quando há uma distensão grande, o que acontece é que elas se esparsam e, do ponto de vista microscópico, ficam todas paralelas.
“A pele distende e a célula não volta imediatamente à estrutura inicial. É como quando você estica o elástico e não ele não volta mais para a posição inicial”, compara a médica.
Tipos de flacidez e tratamento
A flacidez pode ser na pele ou muscular. O tratamento é diferente para cada um dos casos.
Flacidez muscular: as fibras musculares do abdome ficam “um pouco mais esticadas e mais frouxas”, diz Crocco, o que faz com que elas percam o poder de contração.
Como corrigir? Com exercícios como a ginástica hipopressiva e pilates ou aparelhos de campo eletromagnético, que dão estímulos aos músculos, é possível refazer as fibras e fazer com que elas voltem à estrutura normal.
Flacidez na pele: “Já para a flacidez na pele não há exercício que corrija. Para que a estrutura fique firme de novo, é necessário dar estímulos para a formação de novas fibras”, diz a médica.
Como corrigir? A partir de algumas tecnologias, como o ultrassom microfocado, estimuladores ou laser, é possível criar um processo inflamatório que leva a uma “destruição programada” das fibras que perderam a elasticidade.
Com isso, nosso corpo produz fibras novas –as chamadas fibras de neocolágeno. “Elas são mais encurtadas e mais ‘gordinhas’ e conseguem começar a dar uma estrutura de novo para a pele, com um jeito da pele antiga antes da gravidez”.
O resultado, segundo a dermatologista, varia de acordo com a genética de cada mulher e, às vezes, dependendo do grau de distensão, não é possível fazer com que a pele volte a ser exatamente igual a como era antes do parto.
Tem como evitar a flacidez no pós-parto?
Se a distensão for grande, como acontece nos casos de gravidez de gêmeos –caso de Isa Scherer–, Crocco explica que não há como evitar a flacidez no pós-parto.
Trata-se de um processo natural do corpo, que passou por uma série de transformações para abrigar o bebê.
Durante a gravidez, alimentação saudável, prática regular de atividades físicas e uso de cremes específicos para essa fase podem ajudar na tonificação da pele.
Fonte: midianews.com.br
