– A Quarta Câmera Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou retirar a tornozeleira eletrônico do investigador de Polícia Civil, Marcos Paulo Angeli, alvo da Operação Diaphthora. A decisão foi tomada durante sessão realizada na tarde desta quarta-feira (18). Os desembargadores seguiram por unanimidade o voto do relator, Lidio Modesto.
Deflagrada em abril pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil, a Diaphthora apura um esquema de cobrança de propina na Delegacia de Peixoto de Azevedo.
No habeas corpus, a defesa do investigador alegou que não há mais “proporcionalidade” para a manutenção do monitoramento eletrônico. No voto, porém, o relator afirmou que não há “justa causa” para a retirada da tornozeleira.
Lidio Modesto enfatizou que o caso investigado é “gravíssimo” e destacou a atuação de Marcos Paulo, que é investigador de Polícia Civil há mais de 20 anos, ou seja, tem “trânsito” na cidade. “Eu entendo que os motivos para manutenção do monitoramento eletrônico persistem, sobretudo, em razão dessa facilidade de trânsito que o paciente possui”, disse o desembargador.
Operação Diaphthora
Além do investigador, o delegado Geordan Fontenelle também foi preso na operação e solto mediante uso de tornozeleira. Segundo as investigações, ambos montaram um verdadeiro “gabinete do crime” na delegacia.
Conforme o inquérito, o delegado e o investigador exigiam pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.
Eles respondem por crimes de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.
Fonte: odocumento