O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), gripe aviária, não foi detectado em Mato Grosso e, mesmo sem caso registrado, as ações preventivas e de detecção precoce permanecem sendo realizadas.
Os fiscais da autarquia percorreram mais de 60 municípios, e neles realizaram a vistoria em 16.638.549 aves comerciais (de granjas) e 8.708 aves de subsistência de seis diferentes espécies (galinhas, galinhas d’angola, patos, marrecos, gansos e perus).
A região de fronteira com Bolívia, país que em 2023 teve caso confirmado de gripe aviária, permanece sob monitoramento. No total 4.418 propriedades em áreas de risco receberam as visitas com orientações aos produtores rurais e vistorias das aves pelos médicos veterinários do Indea.
“Nas visitas para inquérito soroepidemiológico, as aves são vistoriadas e examinadas para verificar se apresentam sinais clínicos que apontem a presença de influenza aviária ou doença de Newcastle – doenças virais altamente contagiosas que afetam várias espécies de aves, e até mesmo o homem”, afirmou o coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Néspoli.
Além disso, amostras são colhidas para realização de exames laboratoriais no laboratório de referência do ministério da agricultura e pecuária (Mapa).
As aves silvestres migratórias também foram acompanhadas, no Pantanal, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ministério da Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Organização Não Governamental (ONG) ambientalista Ecotrópica.
O trabalho percorreu as cidades de Barão de Melgaço, Cáceres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Santo Antônio do Leverger. Nessas cidades foram observadas aves migratórias e residentes, em ninhais da região pantaneira, para identificar o estado das aves e se havia mortalidade fora do normal nos ninhais.
A fiscalização do trânsito de aves e a entrega de materiais informativos de educação sanitária contra a gripe aviária são também outras vertentes utilizadas para acompanhar a sanidade avícola mato-grossense. Nesse período de cinco meses foram realizadas 1.056 barreiras volantes com 132.105 aves vistoriadas e 50 ações de educação sanitária, entre entrevistas, palestras e reuniões.
Desde que a gripe aviária foi confirmada pela primeira vez no Brasil, em maio de 2023, em aves silvestres do Espírito Santo (ES), Mato Grosso realizou a investigação em 73 casos suspeitos, e todos eles foram descartados por exames de laboratório que descartaram a presença do vírus de alta patogenicidade (H5N1).
Fonte: odocumento