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Impacto da Fumaça e Tempo Seco no Sistema Respiratório: Cuidados Essenciais para Sua Saúde

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Dos doze primeiros dias de setembro, em oito deles a temperatura máxima em Cuiabá ultrapassou 42ºC. Além disso, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) a capital alcançou 9% de umidade relativa do ar nessa terça-feira (10), índice considerado semelhante aos de desertos, como o Saara. As condições climáticas impactam diretamente na saúde e qualidade de vida.

Cuiabá deve bater novo recorde de calor neste sábado (7), atingindo 43°C. (Foto: Gabi Braz)
Cuiabá tem registrado recordes de temperaturas. (Foto: Gabi Braz)

Pensando nos efeitos da fumaça, do calor e da poeira em Cuiabá, o Primeira Página conversou com o médico pneumologista, Clóvis Botelho, que explicou sobre os cuidados com o nariz, a garganta e o trato respiratório nesse tempo.

O médico explica que até a forma de respirar pode impactar muito na vida de quem possui sinusite, bronquite e outras doenças.

“Se tiver alguma obstrução nasal, como rinite ou qualquer outra coisa, se ela já tem medicação que controla essas doenças, ela passa a usar esses medicamentos ou intensificar, otimizar as doses dessas medicações já prescritas pelo seu médico, afirma”.

Segundo o pneumologista, a medicação é uma das formas para diminuir os sintomas das dificuldades respiratórias causadas pela fumaça. Porém, os remédios devem ser recomendados pelo médico.

Além disso, para as que já têm histórico de doenças respiratórias, o cuidado é redobrado.

O médico explica ainda que o nosso corpo tem capacidade para fazer uma filtragem, mas pode ficar sobrecarregado, por causa das mudanças climáticas extremas, da fumaça e da poeira.

nariz
O nariz consegue filtrar algumas impurezas, mas pode se sobrecarregar com a fuligem. (Foto: Reprodução)

“Todo as partículas que inalamos, além do gás, do ar, do gás carbônico e do oxigê, podem apresentar risco. O nosso aparelho respiratório é dotado de uma capacidade muito grande de limpeza das impurezas do ar, só que quando está sobrecarregado ele acaba não conseguindo fazer essa depuração e acumula dentro da nossa via aérea provocando lesões e as doenças correspondentes às vias aéreas.”

Como prevenir?

Considerando que Mato Grosso chegou a registrar 9% de umidade relativa do ar, neste mês de setembro, e está coberto por fumaça, devido aos incêndios florestais, existem formas de minimizar os efeitos no trato respiratório.

máscara
O uso de máscara é recomendado pelo especialista. (Foto: Davi Valle)

“Para minimizar o efeito de inalação de poeiras ou de fumaça como nós estamos vivendo nessa época do ano, o ideal seria a pessoa afastar-se o mais longe possível dessa situação. Se não for possível, procurar usar máscaras, máscaras que tenham um poder de filtragem maior seria o ideal. Todavia, qualquer tipo de máscara que tiver em casa, até mesmo as improvisadas, com o tecido, com o lenço umedecido, umedece o tecido ou o lenço e coloque a marra sob a boca e o nariz e a boca, e você pode ficar uma certa tranquilidade. Mas repito, o ideal é você ficar afastar o mais rápido possível dessas áreas de incêndio ou que está com intensa fumaça”, explica o pneumologista.

Estado que mais queima

O MapBiomas,  iniciativa do SEEG/OC (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima), divulgou um levantamento nesta quinta-feira (12) sobre os incêndios no país.

Fogo que destruiu parte de uma fazenda no município de Cáceres. (Vídeo: Reprodução)

Nele, consta que o bioma mais afetado em agosto foi o cerrado, onde foram queimados 2 milhões e quatrocentos mil hectares. Depois vem a Amazônia, com incêndios em 2 milhões de hectares.

Ainda, um dado histórico foi revelado, Mato grosso foi o estado mais afetado no mês de agosto, seguido por Pará e Mato Grosso do Sul.

Fonte: primeirapagina

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