Mendes comentou sobre o atraso nas obras e foi questionado se o prazo inicial de quatro a seis meses para a conclusão do retaludamento seria mantido.
“Com certeza, a empresa foi contratada para executar o serviço nesse prazo. Não pode iniciar antes porque no período de chuva é difícil, quase impossível, realizar esse trabalho e aumenta o risco dessa execução”, disse o governador em entrevista a Rádio Vila Real.
No fim de 2023 e no início de 2024, uma forte chuva atingiu a região e causou o deslizamento de pedras do Portão do Inferno. Desde então, o governo luta para começar as obras de retaludamento do local, que consiste no processo de terraplanagem com cortes e destruição das pedras do paredão.
O processo foi escolhido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra- MT) como a melhor opção diante dos desmoronamentos frequentes na região do Portão do Inferno. De acordo com a Pasta, a proposta apresentou maior segurança quanto ao risco de desprendimento de blocos e possíveis colapsos na rodovia.
Além disso, mostrou ter o custo mais baixo e menor complexidade de execução, portanto, é mais rápida de ser realizada. O prazo de liberação da pista é de até 120 dias.
Acontece que as obras eram para ter sido iniciadas no segundo semestre de 2024, todavia, em virtude do excesso de licenças federais e condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os trabalhos ainda estão paralisados.
Na entrevista de quinta, Mauro voltou a criticar a burocracia brasileira. Segundo ele, o Brasil é o país onde nada é permitido, o que acaba dificultando obras que, no papel, são rápidas de ser realizadas.
“Gostaríamos de ter resolvido muito antes, mas, infelizmente, tivemos que pedir licenciamento pro Ibama. Demorou muito, quando liberou a licença, colocou condicionantes pra se cumprir. Demandaram um tempo gigantesco e, quando isso foi pra começar, começou o período de chuva. Infelizmente, no Brasil é assim, demora mais tempo pra licenciar uma obra do que executar, é a burocracia que o país inventa, porque aqui é o país do não pode. (…) Então, temos que conviver com isso porque é a legislação brasileira, e não podemos deixar de cumprir”, disse o governador.
Fonte: leiagora