Essa proposta foi feita pelo general Mário Fernandes, ex-comandante de Operações Especiais do Exército e então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Bolsonaro (PL), em 28 de dezembro de 2022, mesmo dia em que Júlio César assumiu o comando do Exército.
Mário procurou o então general em seu gabinete, no Bloco B do Quartel-General do Exército (QGEx) em Brasília, “no final de 2022, para o pressionar a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dar um golpe de Estado. Seu objetivo era garantir a permanência de seu grupo político no poder”.
A coluna narra que o caso aconteceu no dia 28 de dezembro de 2022. Na ocasião, “Mário Fernandes chegou à sala do general acompanhado por dois coronéis da reserva, ambos também oriundos das Forças Especiais (FE), assim como Mário e Arruda, que assumiria o comando do Exército no dia 30. O futuro comandante e Mário eram amigos. Arruda chamava Mário de “32″, uma referência ao número do subordinado no curso de operações especiais”.
“Queria barrar a posse de Lula”, diz a coluna. Contudo, Arruda negou embarcar na empreitada e expulsou Mário da sala. “Arruda expulsou, imediatamente, Mário e os dois coronéis de seu gabinete e deu uma ordem: que não voltassem mais ali enquanto ele fosse o comandante”.
Fonte: Olhar Direto