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Feira da Agricultura Familiar serve de vitrine para produtos com registro do Serviço de Inspeção Municipal

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Dentre os produtos expostos na Feira da Agricultura Familiar, realizada na última quinta-feira (15), no Paço Municipal Couto Magalhães, havia alguns de origem animal e que, por isso, obrigatoriamente devem ter registro do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). A banha e o torresmo produzidos pela família de Juliana Umbelina, moradora da comunidade Pai André, e o mel, própolis, geleia real e pólen produzidos pelas abelhas do apicultor José Catarino Mendes atendem a essa exigência legal, que garante a qualidade de seus artigos.

Juliana Umbelino relata que obteve o registro há cerca de 3 anos. “É um pouco burocrático até conseguir todas as liberações, mas fizemos todas as adequações necessárias para aderir ao SIM e agora estamos correndo atrás do SUSAF (Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte) para poder vender em todo o estado”.

Segundo ela, a banha e o torresmo são a única fonte de renda da família, composta por três pessoas. E o registro no Serviço de Inspeção Municipal possibilitou que ela pudesse fornecer seus produtos em diversos pontos de venda de Várzea Grande. “Nós já estamos em praticamente todos os supermercados e açougues da cidade”. Ela elogiou a iniciativa da Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEMMADRS), em parceria com a Prefeitura de Nossa Senhora do Livramento, de promover a Feira da Agricultura Familiar. “Gosto de trabalhar em feira porque divulga mais o trabalho”.

Quem também valoriza a regularização da atividade é José Catarino Mendes, químico, professor aposentado, apicultor e proprietário da loja Biomendies Produtos Naturais, que vende mel, própolis, geleia real, própolis, entre outros.  

Apesar de seus mais de 30 anos de experiência com a apicultura, inclusive tendo especialização e já tendo sido consultor do SEBRAE, José Catarino obteve o registro SIM há cerca de 5 anos. “Ajuda porque para colocar no mercado tem que ter. Estamos em namoro com o Estado para conseguir o SUSAF e poder alcançar todo o Mato Grosso”, afirma José Catarino. Atualmente, a venda é feita em sua loja, que fica na Rua Antônio Norberto de Barros, Centro de Várzea Grande (atrás da igreja ) e também fornece para as unidades do Sesc Cuiabá e Pantanal.

Em relação às políticas públicas voltadas para apoio à agricultura familiar, o apicultor defende que haja essa interação. “Contribui não só com a apicultura, mas com todo o meio produtivo. Eu sou muito ao Senar, ao Sebrae, à Prefeitura por essa feira porque eu viso divulgar meu trabalho. É importante ter esse feedback entre o poder público e o setor produtivo para esclarecer para o produtor, que muitas vezes não tem informação em relação à legislação. Eu tenho a Kelly como um anjo da guarda porque ela que me avisou sobre a feira”, diz.

O “anjo da guarda” no negócio de José Catarino é Kelly Enciso, médica e Coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Várzea Grande. Ela explica que para obter o SIM municipal é preciso atender a um check-list que envolve toda a legislação que garante a sanidade animal e segurança alimentar. “Nós estamos com seis estabelecimentos registrados, cinco de inspeção periódica e um de inspeção permanente, que é o abate de ovinos e caprinos. Os demais são banha, mel e entrepostos de pescado”.

Conforme a profissional, dependendo do alcance comercial do produto de origem animal, ele precisa ter o registro de inspeção municipal, estadual ou federal. “Essa é a garantia que ele foi inspecionado dentro da indústria e que ele está apto ao consumo humano. Esse é o diferencial de quem tem o registro do serviço de inspeção e quem anda na clandestinidade. Se você comprar um queijo cabacinha que não tem inspeção, para quem você vai reclamar se você consumir e passar mal? É uma garantia para o consumidor porque vai ter um Serviço de Atendimento ao Consumidor, a data de validade, entre outros requisitos”, elenca.

O serviço é composto por etapas rígidas de verificação da qualidade, como análises laboratoriais microbiológicas e físico-químicas, além das próprias inspeções periódicas e permanentes. “Toda vez que tem abate de ovinos e caprinos, um de nós está lá acompanhando a inspeção dos animais para ver se está livre de patógenos e zoonoses, que são doenças que atingem humanos e animais. Então, a inspeção é para garantir a saúde, a segurança alimentar do consumidor. Estamos prevenindo uma doença. É mais barato do que estar remediando”, afirma Kelly Enciso.

Ainda conforme a coordenadora do SIM Várzea Grande, a regulamentação beneficia tanto o consumidor, que tem acesso a alimentos seguros, quanto o produtor, que agrega valor ao seu negócio. “Ao obter o registro, você pode vender no supermercado, na feira, nas grandes redes. Estamos pleiteando o SUSAF e o Consórcio do Vale do Rio Cuiabá para podermos proporcionar aos pequenos produtores de Várzea Grande que eles possam comercializar os produtos daqui em todo o estado ou, no mínimo, nos 13 municípios que fazem parte do Vale do Rio Cuiabá”.

Fonte: @secomvg

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