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Falta de trabalhadores na obra do BRT na Avenida do CPA gera preocupação entre lojistas e frequentadores; confira vídeos e detalhes

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A construção da pista para o Bus Rapid Transit (BRT) na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, conhecida como Avenida do CPA, em Cuiabá, tem gerado insatisfação entre lojistas e frequentadores devido à baixa presença de trabalhadores no canteiro de obras.

Na tarde desta segunda-feira (27), a equipe do esteve no local e constatou que, em diversos pontos, o número de funcionários é reduzido, com áreas completamente inativas.
A biomédica E.S., que aluga uma sala em um prédio da região, afirmou que a falta de trabalhadores no local é comum, principalmente em dias de chuva.
“Quando chove, vira uma lama de piscina aqui. Dá para perceber que os funcionários somem, e isso só atrasa ainda mais o andamento da obra. Ali em frente ao prédio está do mesmo jeito há meses, sem nenhum avanço visível”, relatou.
E.S. também revelou que está repensando a renovação do contrato de locação da sala que utiliza. “Meu contrato vence em fevereiro, e com as condições atuais da região, estou considerando não renovar. A falta de progresso impacta diretamente o movimento e o fluxo de pessoas”, afirmou.
A proprietária de uma loja de suplementos também compartilhou sua insatisfação. Segundo ela, a redução de espaço na pista por conta da obra tem dificultado o acesso de clientes ao estabelecimento.
“Os congestionamentos e a falta de sinalização adequada estão afastando os clientes. Além disso, a obra parece estar parada em muitos trechos”, desabafou.

Essa não é a primeira vez que o andamento das obras do BRT enfrenta críticas. Em outubro de 2024, o governador Mauro Mendes (União) já havia demonstrado insatisfação com a situação e chegou a ameaçar romper o contrato com o consórcio responsável pelo projeto.
“As obras não estão bem, nem aqui, nem em lugar nenhum. Falta mão de obra, as empreiteiras estão com dificuldade, nós estamos apertando, estamos ameaçando romper contrato. Agora, de uma maneira geral, todas as obras estão tendo dificuldade, porque Mato Grosso, infelizmente ou felizmente, está faltando mão de obra”, declarou o governador à época.
O consórcio Construir BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix, havia informado que enfrentava dificuldades para contratar profissionais.

A obra de implantação do BRT, que substitui o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), foi anunciada como uma solução viável para o transporte público entre Cuiabá e Várzea Grande. O contrato, assinado em 2022, prevê um investimento de R$ 468 milhões para o projeto, que atualmente avança de forma lenta na Avenida do CPA.
Enquanto isso, lojistas e moradores da região seguem enfrentando transtornos, como a dificuldade de acesso, redução do fluxo de clientes e o impacto na rotina.

Procurado, o consórcio Construir BRT Cuiabá informou que a obra segue seu fluxo e negou a existência de qualquer escassez de mão de obra. Segundo a empresa, atualmente, 300 colaboradores estão trabalhando no projeto.
“A extensão da obra é grande e nem sempre os trabalhadores estão concentrados no mesmo ponto. Eles seguem desempenhando suas funções, priorizando a conclusão dos trechos que irão garantir melhor trafegabilidade e mobilidade urbana para a população”, informou o consórcio em nota.

 

 

Fonte: Olhar Direto

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