Acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) interromperam o acesso ao campus da universidade em Cuiabá, na manhã desta terça-feira (28). Os estudantes bloquearam a passagem de veículos na guarita 1 do campus, em protesto pelo corte de R$ 2 milhões em bolsas de assistência estudantil causando congestionamento nas imediações da faculdade nas primeiras horas do dia.
A proposta orçamentária foi elaborada e aprovada pelos Conselhos Superiores da universidade em dezembro do ano passado. Com os cortes, 416 beneficiários das bolsas foram afetados somente na UFMT Cuiabá. Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), sem o auxílio permanência, por exemplo, o número de estudantes beneficiados pelo programa cai de 1.076 para pouco mais de 850 pessoas.
Segundo Wesley da Mata, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMT, o corte de verbas impactará diretamente na vida e nos estudos de 400 acadêmicos
“Isso significa 400 bolsas de estudantes a menos, de estudantes que estão em vulnerabilidade social. Ou seja, não tem dinheiro pra viver, não tem dinheiro pra morar, que vêm de outros estados para o campus de Cuiabá e não tem condições de estudar o dia inteiro e também trabalhar”, afirmou.
Nesta segunda (27) o reitor da Universidade, professor Evandro Soares da Silva, esteve reunido com os representantes do diretório estudantil para tratar da pauta e destacou que o orçamento para o programa vem sendo reduzido desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Começamos a encaminhar a discussão do orçamento com o Consepe e o Consuni. O Orçamento vem sendo reduzido desde 2014. Nós temos emendas que são direcionadas para um projeto ou uma ação. Nesse contexto, nós temos um orçamento reduzido e que hoje é menos da metade de 2013”, enfatizou.
Evandro enfatiza que a reitoria da UFMT também tem dialogado e buscado apoio dos deputados federais de Mato Grosso para articular em Brasília o aumento dos repasses à instituição.
“Os conselhos têm discutido, como o Consepe e o Consuni, que são nossos conselhos democráticos. Diante disso, temos conversado com a bancada de Mato Grosso e de todo o Brasil. Conseguimos com o relator geral do orçamento, um adendo de R$ 1,7 bilhão que foi adicionado à Lei Orçamentária Anual (LOA). O MEC fez uma outra interpretação e precisamos dialogar para mostrar que o que está previsto na LOA é para as universidades”, concluiu.
Nota da UFMT
A vice-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora Rosaline Rocha Lunardi, encontrou, nesta terça-feira (28), representantes estudantis para abordar temas relacionados à assistência estudantil.
A vice-reitora pontuou que está em curso um processo de diálogo com os estudantes desde o encontro da segunda-feira (27) com o reitor, professor Evandro Soares da Silva.
Para a professora Rosaline Rocha Lunardi é preciso destacar ainda que não há cortes na assistência estudantil com recursos alocados na assistência alimentar. “Os estudantes colocaram todas as suas demandas em relação a bolsas de assistência estudantil e Restaurante Universitário, além daquilo que eles entendem como um corte de bolsas. Eu assegurei que não houve corte de bolsas da assistência estudantil”, relatou.
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Fonte: unicanews