Antes de decidir deixar as redes sociais, Virgínia Fonseca teve uma discussão pública com o marido, Zé Felipe.
No Instagram, a influenciadora e empresária discordou da opinião do cantor sobre a educação das filhas enquanto fazia uma transmissão em vídeo. Assista ao final da reportagem.
“Vão estudar em casa”, disse ele, sobre Maria Alice e Maria Flor.
Ela, que se orgulha de ter ido à aula pela primeira vez aos 3 anos, rebateu: “Zé Felipe quer isso, mas eu acho que precisa ter convivência da escola”.
Sobre a discordância, a neurocientista comportamental infantil Telma Abrahão deu razão à mãe das crianças. Veja o que diz a especialista:
Até os três anos de idade, a criança está numa fase de criação de vínculo e de construção do apego. Normalmente, esse apego é construído com o cuidador primário, que pode ser o pai ou a mãe, porém, na grande maioria das vezes, é a mãe, pois ela é quem amamenta e, normalmente, está presente na vida da criança desde o início;
Então, nessa fase a criança precisa muito mais da presença de pai e mãe, do que socializar com outras pessoas. O mundo dela é a mamãe, é o papai. Por conta disso, ela não tem a necessidade de ir para escola, para socializar;
Por volta dos três anos, a criança já está na fase em que desfralda, ela já consegue comer sozinha, já fala e pode se comunicar melhor. É uma idade muito propícia para a criança começar a frequentar a escola, pois é por volta dos 3, 4 anos de idade que ela começa a ter interesse em socializar com outras. Isso favorece o relacionamento com amigos e professores, inclusive, o aprendizado.
No entanto, sabemos que muitas famílias não têm condições de ficar com os filhos até essa idade, em casa, e, segundo Telma, tudo bem.“Mas, é importante que os pais compreendam a importância da presença física e emocional dos cuidadores primários principalmente nessa fase da vida que é um período onde o cérebro está em pleno desenvolvimento e o número de sinapses, que a criança faz, que são as conexões neurais, são muito altas”, diz.
“Nessa fase, é como se os pais fossem neuroarquitetos do cérebro do filho. A ciência já provou que a qualidade da relação dos pais com os filhos no início da vida impacta o futuro da saúde emocional, mental e física do futuro adulto”, finaliza.
Fonte: midianews