A ansiedade é um sentimento natural que faz parte da vida e até certo ponto é necessária para a dinâmica da sobrevivência humana, com apreensões ao que vem pela frente e respostas naturais do corpo a essas apreensões, por meio de descargas hormonais, que nos obrigam a sair da inércia e agir de acordo com as exigências da vida. Assista o vídeo:
Muitas vezes esse movimento de apreensão e ação se torna difícil e até mesmo insuportável e é nesse momento que a ansiedade deixa de ser normal e passa a ser patológica. É o que ocorre com muitos estudantes nos momentos dos mais diversos concursos, encarados como grandes desafios, que às vezes parecem ser intransponíveis.
Um desses desafios é o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A ansiedade sobre o ENEM é construída a partir do primeiro ano do ensino médio, talvez até antes, quando pais e professores projetam aos jovens a expectativa de um futuro promissor em determinada profissão de nível superior e que para isso há necessidade de que ele venha a submeter-se a um grande concurso, que é o Exame Nacional do Ensino Médio, mais conhecido por sua sigla, ENEM. Essa expectativa leva a níveis progressivos de ansiedade com repercussões ao estado mental do estudante antes e durante o exame.
A sobrecarga com atividades escolares, com grande quantidade de material de estudo, noites mal dormidas, desregulação da hora das refeições e do sono são fatores que podem alterar o estado mental dos jovens, mais predispostos a transtornos mentais, até mesmo pela insegurança da idade e imaturidade emocional.
Além da pressão dos pais e professores, há também a autocobrança, o que faz que o estudante deseje obter boas notas em simulados e outros testes, com horas excessivas de estudos e frequentes revisões das matérias. É comum a insegurança do aluno em relação ao seu próprio conhecimento, comparando-o ao dos colegas, que também são seus concorrentes.
Nos dias das provas, a ansiedade pode ser prejudicial e até incapacitante. Muitos vão sentir tremores nas mãos, palpitações, dor abdominal, náuseas, diarreia, sudorese, podendo chegar ao conhecido “apagão”, quando parecem não conseguir lembrar do que estudaram, chegando a um momento paralisante no ambiente do concurso.
É importante frisar que a ansiedade intensa vai causar algum prejuízo acadêmico, em pequena ou grande escala. Trata-se portanto de uma ansiedade patológica, que deve ser tratada, de início por um profissional da psicologia e, se necessário, por um psiquiatra, pela necessidade de uso de medicamentos para controle da ansiedade, da atenção e do sono.
A ansiedade durante o exame muitas vezes impede a aprovação de jovens com igual ou melhor condição do que aqueles aprovados no concurso e que não são ansiosos ou têm uma ansiedade leve ou moderada, com a qual aprendem a lidar e até mesmo dela se beneficiam na corrida pela vaga que pleiteiam. De qualquer forma, isso nos faz questionar se essa é a melhor forma de ingresso à Universidade.
Pelo sim, pelo não, seguem algumas dicas para lidar melhor com a ansiedade antes e durante o exame:
- Estude de modo equilibrado, sem excessos;
- Faça revisão periódica do conteúdo estudado;
- Pratique técnicas de relaxamento e de respiração;
- Alimente-se de forma saudável e nos horários certos;
- Tenha hora certa para deitar e quantidade adequada de sono, que deve ser de sete a nove horas por noite. Saiba que o sono é extremamente importante, pois ajuda a fixar o aprendizado;
- Não deixe de exercitar-se pelo menos meia hora por dia;
- Na hora da prova faça uma pequena pausa para um breve relaxamento.
Fora isso, somente o desejo de uma boa prova!
Fonte: primeirapagina