Um dos participantes foi produtor de leite e peixe, Wilson Antônio de Souza, que vive com a família no sitio Goiânia. Ele disse ter ficado encantado e que irá estudar e aprimorar as técnicas para iniciar com abelhas jatai e africana europeia. “Elas já vivem na propriedade, agora é investir nas caixas, nos acessórios, além da técnica. Será mais uma renda para agregar. Tenho dois filhos jovens que já ajudam na lida e estão ansiosos para aprender mais sobre abelhas”.
Quem também participou da atividade foi o secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e Rural, Flávio Divino Camargo. Ele frisou que já protocolou junto a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o pedido de caixas de abelha e dos equipamentos de proteção individual-EPIs. “Fomos procurados por alguns produtores interessados em produzir mel no município. Como é uma cadeia produtiva promissora, vamos auxiliar no que for possível e com o apoio da Empaer na assistência técnica, logo Jauru também estará produzindo mel”.
O técnico da Empaer Árli Leonel do Nascimento, explica que no município, a cadeia produtiva não é tradicional entre os agricultores familiares, mas muitos têm buscado complementar na produção de mel associado a pecuária de corte e leite. “A região tem Áreas de Preservação Permanente (APPs) que podem ser utilizadas e irá ser mais uma oportunidade de renda”.
Segundo Árli, com acompanhamento da equipe da Empaer, os interessados serão orientados a participar dos programas de fomento junto a Seaf, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e Rural. “Eles buscaram conhecimento técnico e acompanhamento da Empaer para desenvolver a atividade”.
Sobre a captura
Os participantes foram orientados pela técnica da Empaer, Loana Longo que iniciou a demonstração já ressaltando os cuidados para evitar acidentes com as abelhas. Ela ensinou sobre o uso dos equipamentos de proteção individual-EPIs necessários para a captura bem como sobre a colmeia para onde o enxame seria transferido.
Esclarecidas as dúvidas, a prática iniciou com uma análise do tronco ondes as abelhas estavam instaladas, definindo-se a forma de abertura do tronco realizado por motosserra e machado.
Loana observou que as abelhas tinham abandonado alguns favos e construído uma barreira com própolis e indicava que a colmeia tinha sido invadida e abandonariam o tronco. “Foi aberto metade do tronco e os favos transferidos para a nova colmeia. O cuidado era para que eles ficassem na mesma posição que estavam. Com a colmeia próximo ao tronco aberto, o enxame foi induzido a entrar. Nesse processo, a abelha rainha foi encontrada e também transferida para os favos na nova colmeia”.
A técnica conclui que a transferência dos favos e da rainha, a colmeia ficará no local, para o enxame se adaptar, por aproximadamente sete dias e depois desse período pode ser levada ao apiário.
Também participaram da demonstração, o produtor Roberto Fernandes Correa e o técnico da Empaer, Thiago Afonso de Azevedo.
Fonte: @empaer_mt