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Dia da Consciência Negra: Praça Alencastro é palco do Festival Kwanza

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Foto: Davi Valle

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Quem passou pela Praça Alencastro nesta quinta-feira (17) pode conferir uma grande variedade de produtos de tradição africana durante uma feira gastronômica e cultural. As atividades integam a programação da 5ª Edição do Festival Kwanza, promovido pela Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e parceiros. A iniciativa é uma celebração ao Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

No espaço, o público contou com inúmeras atrações, como o caso da ‘Diela Tranças’. Além dos penteados tradicionais, foram comercializados tecidos, vestuários e acessórios femininos e masculinos, típicos da cultura africana. Ela conta que veio para capital, juntamente com o esposo e sogra, há pouco mais de três anos da cidade de Guiné-Bissau. De lá pra cá, já fez vários cursos de aperfeiçoamento e hoje oferece cursos de confecção em tranças e penteados afros.

“Posso me considerar uma cuiabana misturada, pois meu filho de sete anos, nasceu aqui em Cuiabá. Daqui não pretendemos sair. Hoje, temos uma vida tranquila e economicamente favorável. Feiras como essa, nos ajudam ainda mais a divulgar o nosso trabalho”, disse Diela Tamba Nhaque, empresária.

A empreendedora Hellen Silva, que comercializa temperos naturais, também chamou muita atenção com seus produtos. No total, 36 opções foram colocadas à disposição do público que demonstrou muita curiosidade quanto aos temperos com nomes peculiares de “pega marido” e “pega esposa”. Segundo Hellen, o nome não tem nenhuma ligação com algo afrodisíaco, mas sim uma visão gastronômica, que proporcionam artifícios que as pessoas possam fazer uma boa receita.

“Quando resolvo trabalhar com esses produtos vindos do interior se São Paulo, o que me motivou foi que de tidas as feiras que participo, não tinha visto nada parecido e com tanta variedade. Eu faço uso e recomendo”.

Nesta quinta-feira, a praça abrigou ainda muitos artesanatos, comidas típicas, artigos religiosos, roupas e também foi palco de apresentações culturais. “Eventos como esses tem como objetivo têm esse objetivo, a integração de saberes e riquezas. A data de 20 de novembro, além de ser celebrada, serve também para uma ampla reflexão. Fazer com que todos se voltem ao pensamento de que todos somos iguais e com os mesmos direitos. E essa é uma das premissas da gestão Emanuel Pinheiro, a valorização e o reconhecimento de todas as culturas, seja ela regional ou de outros países”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Aluízio Leite.

Além da feira, no início da manhã, ocorreu a caminhada pela Paz e contra o Racismo, onde representantes de diferentes segmentos reuniram na Praça da Mandioca em direção a praça Alencastro, para apresentações culturais com muita dança e música.

O calendário conta ainda na sexta-feira (18), a partir das 8h, do tradicional ‘Café Afro’, na sede da Casa dos Conselhos, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá. Mesas redondas, apresentação musicais e de dança serão algumas das atividades programadas para esse dia.

Nesse mesmo dia, no período da tarde, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT, haverá evento em celebração ao dia da Consciência Negra, com rodas de conversa, muita música e dança, a partir das 08h. Essa ação está sob a organização do Coletivo Negro, com o tema Resistir, Existir e Ocupar para Transformar.

No Museu da Imagem e do Som de Cuiabá- MISC, será o lançamento da Marcha do Orgulho Crespo. Para o sábado (19), será a vez da Rota da Ancestralidade. O ponto de partida será no Centro Histórico de Cuiabá, a partir das 07h, e seguirão até o MISC. Esse trajeto simboliza a força das raízes culturais africanas na capital mato-grossense.

Como encerramento da programação da 5ª Edição do Festival Kwanza, a partir das 16 horas, no Beco do Candeeiro, a data será lembrada com o Festival de Cultura Afro Local. Todas as atrações são totalmente gratuitas.

“O Festival, além de demonstrar a arte por meio das apresentações, proporciona uma comemoração do dia 20 de novembro com mais tolerância e uma cultura de paz. Além da promoção de debates na busca da efetivação de políticas públicas. O poder público tem como missão motivar, incentivar essa cultura de paz e tudo isso começa no respeito à diferença e a diversidade. É esse principal objetivo do Festival Kwanza”, declarou o secretário-adjunto de Cultura, Esporte e Lazer, Justino Astrevo

A expressão “kwanzaa”, que dá nome ao evento, tem origem africana e significa celebração, resgate da origem de um povo que exalta suas conquistas, frutos de muita luta, persistência e fé. Logo, o título remete não apenas a manifestação cultural, mas também à resistência daqueles que ainda hoje lutam por respeito.

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Fonte: unicanews

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