A baixa adesão à vacinação contra a dengue em Mato Grosso é refletida no aumento expressivo dos casos da doença no estado. Com 42% do público-alvo ainda não vacinado, os números de 2024 revelam um cenário alarmante: o total de casos saltou de 28.237 em 2023 para 42.886, um crescimento de 51,9%.
Tangará da Serra registrou o maior aumento percentual de casos de dengue em Mato Grosso neste ano. O município teve um crescimento expressivo de 302,42%, saltando de 1.038 casos em 2023 para 4.177 em 2024, destacando-se como a cidade mais impactada pelo avanço da doença no estado.
Entre os municípios que registraram os maiores aumentos, também destaca-se Sinop, que saiu de 463 casos em 2023 para 1.300 casos em 2024, o que representa um aumento de 180,56%.
Em Cuiabá, o crescimento foi de 87,55%, com os casos subindo de 1.357 para 2.545 no mesmo período.
Várzea Grande registrou um aumento de 58,19% nos casos de dengue, subindo de 830 em 2023 para 1.313 em 2024.
O cenário em Cáceres também é preocupante. Os casos saltaram de 625 para 3.181, o que representa um aumento de 408%.
Sorriso registrou um aumento expressivo de 328,13% nos casos de dengue em 2024, saltando de 288 notificações em 2023 para 1.233 neste ano.
Já em Nova Mutum os casos de dengue passaram de 241, em 2023, para 1.983, em 2024. Isso representa um aumento impressionante de 722,41%, consolidando o município como um dos que mais registraram crescimento no número de casos em Mato Grosso.
A cobertura vacinal atual é de apenas 58%, alcançando jovens de 10 a 14 anos com histórico prévio da doença, conforme os critérios do SUS.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), as doses já foram totalmente distribuídas aos municípios, mas a ampliação do público-alvo depende de autorização do Ministério da Saúde.
Apesar da campanha de conscientização, a vacinação ainda é limitada a um público específico, o que deixa grande parte da população vulnerável.
Enquanto isso, os números de dengue seguem subindo, destacando a importância de medidas de prevenção, como eliminação de criadouros do mosquito.
As autoridades reforçam que, mesmo com a vacina, é essencial manter os quintais limpos e adotar cuidados básicos para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
Fonte: primeirapagina