O lateral Daniel Alves pode receber uma pena de oito a 10 anos de prisão por conta da acusação de estupro que deixou o jogador preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro deste ano. As informações são do jornal espanhol El Mundo.
O periódico informou que o Ministério Público espanhol irá julgar o ex-Barcelona, provavelmente no último trimestre de 2023, pelo crime de “agressão sexual com penetração”.
A pena prevista é entre quatro e 12 anos. Entretanto, segundo fontes judiciais, Daniel tem o agravante de “abuso de autoridade” e a pena deve passar para oito anos.
Na última semana, a Justiça espanhola negou o recurso pedindo que o brasileiro respondesse o inquérito em liberdade. Para os juízes, ainda há risco de o jogador fugir da Espanha para o Brasil. Cristóbal Martell, advogado do jogador, afirmou que a manutenção da prisão do jogador é exagerada.
Com isso, Daniel Alves seguirá aguardando o julgamento detido. A investigação do caso é considerada avançada.
Relembre o caso
Daniel Alves é acusado de agressão sexual. O crime teria acontecido entre os dias 30 e 31 de dezembro em uma boate chamada Sutton, em Barcelona.
Ele teve a prisão decretada pela juíza Maria Concepción Canton Martín no dia 20 de janeiro, após dar depoimento sobre o caso. A decisão foi tomada depois que o Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do jogador, sem direito a fiança.
No mesmo dia, o Pumas, clube mexicano que o jogador estava defendendo, anunciou que o contrato havia sido rescindido por justa causa.
Versões
Em depoimento à Justiça, Daniel Alves apresentou três versões diferentes. Primeiro, ele afirmou que estava no banheiro quando a mulher entrou e que não houve qualquer contato entre eles. Depois, afirmou que não soube o que fazer quando houve contato. Por último, admitiu que teve relações sexuais com a jovem, mas que foi consensual.
Segundo a imprensa espanhola, as contradições do brasileiro foram determinantes para o pedido do Ministério Público e para a decisão da juíza. O atleta está preso no presídio Brians 2, a cerca de 40 quilômetros de Barcelona.
Daniel Alves nega a acusação desde que o caso veio à tona. No entanto, provas, como laudos médicos, resultados da perícia, relatos de testemunhas e detalhes dados pela vítima sobre o caso, podem complicar ainda mais a vida do jogador.
De acordo com o jornal colombiano El Tiempo, Daniel admitiu pela primeira vez, no dia 8 de fevereiro, que houve penetração vaginal, informação que ele havia negado nos últimos depoimentos. Agora, a investigação gira em torno de averiguar se essa penetração foi ou não consensual entre eles.
Apesar do pedido de liberdade, o jogador segue detido no país.
Fonte: midianews