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Crimes contra idosos: mais de 97% ocorrem em casa, aponta estudo; violência doméstica preocupa população

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Christinny dos Santos

Única News

Desde que a Delegacia do Idoso foi implantada em Cuiabá, em 2021, os dados demonstram uma crescente violência contra esse grupo, de cerca de 8,5% ao ano. Mas os índices crescem ainda mais quando se fala em delitos como abandono, maus-tratos, lesão corporal e ameaça, chegando a aumento de 450%.

Atualmente existem 1.534 procedimentos em tramitação na Delegacia Especializada de Delitos Contra a Pessoa Idosa em Cuiabá. Destes, apenas 97,4%, ou seja, 1.494, são de violências cometidas no ambiente familiar. De acordo com o delegado titular, Marcos Veloso, além dos delitos contra esse vulneráveis crescerem cada vez mais, a violência contra esse grupo é vista de forma geral como “apenas um delito”.

O delegado apontou que os números geram uma preocupação, pois demonstram como a população tem visto a violência contra idosos, de forma geral, apenas como delitos, esperando e cobrando combates efetivos das forças de segurança apenas contra facções criminosas, por exemplo.

“A violência contra o idoso vem sendo efetivamente olhada como uma ação delituosa. A população, nos últimos anos, tem olhado para a mídia esperando uma operação policial contra facção, contra tráfico de drogas”, disse o delegado. Veloso ainda completou sua fala pontuando a necessidade de direcionar o olhar para outros recortes sociais: “Nós temos os vulneráveis: negros, quilombolas, crianças, mulher e idoso”.

Enquanto se olha para a violência como um delito, idosos vêm sendo abandonados em suas e até em hospitais. Conforme o dado mais recente, 37 idosos estão internados no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e 11 no antigo Pronto Socorro, esperando que familiares, parentes ou outros responsáveis voltem para buscá-los. O delegado explicou que normalmente esse grupo é deixado ali para fazer consultas, exames ou cirurgias e posteriormente a equipe hospitalar precisa insistir para que os busquem.

Embora o Estado tenha um estrutura de segurança pública expressiva, a delegacia ainda conta com apoio da própria população registrar denúncias contra esse tipo de violência — embora 50% das denúncias feitas por meio telefone sejam trote — pois, durante o patrulhamento, os policiais não podem ver o que está atrás dos muros.

“Nós temos uma estrutura de segurança pública! Temos as viaturas da Polícia Militar patrulhando a diuturnamente, mas [tanto essas quanto as] viaturas da Força Tá, Polícia Civil e Rotam passam por uma via, mas não percebem o que há atrás do muro”, disse Veloso em entrevista à rádio CBN Cuiabá, como parte da campanha de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa realizada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

 

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Fonte: unicanews

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