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Consórcio aponta entraves políticos como principal desafio e estabelece prazo para finalização do BRT em novembro, após críticas de Mauro

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O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A. e Heleno & Fonseca Construtécnica S.A., divulgou uma nota detalhando os fatores que têm atrasado a execução das obras do sistema de transporte em Cuiabá e Várzea Grande. A manifestação veio em resposta às declarações do governador Mauro Mendes (União), que criticou o ritmo dos trabalhos e anunciou que as empresas serão notificadas pela segunda vez, com prazo de dez dias para apresentarem avanços, sob o risco de “medidas rigorosas”.

De acordo com o consórcio, o atraso nas obras, originalmente previstas para conclusão em outubro de 2024, se deve a uma série de problemas técnicos, alterações no projeto, disputas políticas e dificuldades administrativas. Entre os pontos levantados, estão mudanças no trajeto, incompatibilidades no anteprojeto desenvolvido pelo Estado e atrasos na emissão de licenças ambientais.
Problemas destacados pelo consórcio
Na nota, o consórcio listou diversos fatores que impactaram o andamento das obras:

  • Alterações no trajeto das avenidas Couto Magalhães e Senador Filinto Müller após mobilizações de comerciantes e políticos locais.
  • Estudos apontaram falhas no conforto térmico das estações, incompatibilidade das aberturas de acesso com as portas dos ônibus e uso inadequado de viadutos projetados para o VLT.
  • A necessidade de alterar a posição da ponte do rio Coxipó, devido a restrições do IPHAN, e problemas de drenagem na região da Prainha foram apontados como desafios não contemplados no projeto inicial.
  • O consórcio afirmou que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente demorou mais de 800 dias para emitir a licença de um dos trechos fundamentais.

Além disso, o consórcio citou disputas políticas entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá como fatores que impediram a execução de grande parte do escopo contratado até o início de 2024. Mesmo após decisão judicial favorável ao andamento das obras, os trabalhos não foram retomados com o ritmo esperado.
“Como consequência, entre outubro de 2022, data de início das obras, e 28 de janeiro de 2024, o consórcio esteve impedido de executar 84,3% do escopo contratado. Já entre janeiro de 2024 e 13 de outubro de 2024, data original de conclusão dos serviços, houve impedimento de executar 59,1% do escopo contratado. Diante de tudo isso, as obras tiveram seu prazo de finalização estendido até 9 de novembro de 2025, mais de um ano após o que foi previsto”.

Durante entrevista nesta segunda-feira (13), o governador Mauro Mendes destacou que está acompanhando de perto o andamento das obras e que já realizou reuniões com a Secretaria de Infraestrutura para discutir o tema. Mendes afirmou que o governo está “apertando e cobrando” o consórcio e que, caso não haja avanços nos próximos dez dias, medidas mais severas serão adotadas.
“Se não houver uma reação muito rápida, garanto a vocês que o bicho vai pegar para o lado deles”, declarou Mendes.

 

Fonte: Olhar Direto

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