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Como usar a curva de nível para conservar o solo: Empaer ajuda produtores com problemas de erosão!

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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), vem atendendo 67 produtores familiares no município de Tangará da Serra (a 239 km de Cuiabá), de como produzir com sustentabilidade e uso de tecnologias de baixa emissão de carbono, como: a Integrações Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e a Recuperação de Pastagem Degradadas. Na pratica, a iniciativa vem como alternativa na adoção de um modelo de agropecuária que alia a produção rural com a preservação do meio ambiente, através do Projeto Rural Sustentável Cerrado (PRS Cerrado).

Uma das linhas de trabalho do PRS Cerrado que está sendo implantada em quatro propriedades é a técnica de curva de nível. Exemplo da produtora de gado de corte Edineia dos Santos Correia que há um ano recebe assistência técnica e diz estar contente com a orientação para evitar o prolongamento da erosão que vem acontecendo na sua propriedade.

Localizada na Projeto de Assentamento Antônio Conselheiro, no município de Tangará da Serra, o processo de desgaste do solo está em várias áreas e, assim, que a Empaer foi acionada iniciaram os trabalhos. 

Ela conta que ficou aliviada ao saber da possibilidade de conter a erosão por meio da curva de nível. “É desesperador ver o solo se abrindo e não saber o que fazer. O que mais chamou atenção é a forma e custo para realizar o procedimento. Estou muito feliz e na expectativa em ver a solução do problema”, destaca ela.

Investindo na cadeia de gado de corte e com 100 animais no pasto, Edineia reforça que visitou uma propriedade que já realizou as curvas de nível. “Eu já realizei as marcações, mas falta ainda o levantamento das curvas, esperar a chuva e ver o resultado”
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Na prática

O técnico da Empaer, Adriel Fernandes Correia explica que para a locação das curvas, os técnicos contam com equipamento de Nível Ótico e Mira, específicos para levantamento topográfico altimétrico do terreno, pois é de extrema importância que ocorra a demarcação de forma precisa, buscando uma perfeita execução do trabalho. Já a movimentação do solo e levantamento das curvas é feita através do implemento terraceador ou arado de três discos, acoplado ao trator de pneus.

“Embora essa tecnologia ainda seja pouco utilizada por produtores da bovinocultura de leite e corte, ela é muito importante nas propriedades rurais uma vez que tem influência direta na preservação das pastagens e na produção de milho para silagem. Refletindo na prevenção de grandes perdas de solo por erosão, assoreamento de rios e nascentes, e também influencia na produtividade do pasto”.

Segundo Adriel, já foi executado o trabalho em três localidades, Comunidade Córrego da 11, Comunidade Linha 12 e PA Antônio Conselheiro, totalizando uma área de aproximadamente 50 hectares. “Com o início do período chuvoso, os produtores já iniciaram o levantamento das curvas com maquinário e a semeadura do capim na área, estimamos que a partir do mês de fevereiro as pastagens já se encontra totalmente recuperadas e prontas para a entrada dos animais”, reforça .

O projeto segue em andamento e pretendemos dialogar com outros produtores atendidos, afim de atingir pelo menos 150 hectares de Pastagem Recuperadas e com Curvas de Nível até o início de 2025.
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Sobre o Projeto

A Empaer faz parte de uma das engrenagens principais propostas dentro do cronograma, executando a prestação do serviço de assistência técnica e acompanhamento profissional das famílias cadastradas dentro do município.

São vários os agentes públicos e privados que estão envolvidos e objetivo de trazer mais clareza e resultados, entre eles: Governo do Reino Unido, Embrapa, BIDI, MAPA, IABS, Organizações Sócio Produtivas e Empresas de ATER.

Adriel pontua que durante as visitas realizadas nas propriedades, alguns indicadores voltados a produção e preservação foram levantados. Em várias delas, a degradação de pastagem era evidentemente notável, sendo necessário uma interferência rápida. “Detectamos áreas com declive mais acentuado e com maiores teores de areia, susceptível a erosão e com problemas de escoamento superficial de água. Nisso, foi feito o diagnóstico e orientado ao proprietário a realização de curvas de nível ou terraços”.

De acordo com ele, a curva de nível é uma técnica antiga de conservação de solos indicada principalmente para terrenos declives ou arenosos. “Consiste na construção de canais ou aterros, no sentido transversal ao declive do terreno, em espaçamentos dimensionados conforme a declividade do terreno, tipo de solo e a intensidade de ocorrência de chuvas”.

Onde o principal objetivo é evitar a erosão do solo pela água, porém traz outros benefícios secundários como: conservação do solo e da água, melhoria da drenagem do terreno, aumento da área de infiltração da água da chuva, abastecimento do lençol freático, diminuição de perdas da adubação, e evita o lixiviamento de agrotóxicos para cursos d’água, consequentemente haverá aumento da produtividade agrícola e da pastagem.
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Fonte: @empaer_mt

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