O ser humano, certamente, não foi criado para viver correndo, tampouco para viver parado, mas está apto a realizar ambas as coisas: o correr e o parar. Às vezes é necessário fazer uma coisa ou outra, cada uma a seu tempo. Todavia, o ideal é o equilíbrio, ou seja, que não haja necessidade de correr, mas que também não permaneçamos parados.
Nossa tendência é sempre o menor esforço e, por isso, a possibilidade de realizar menos movimentos passa a ser nossa principal opção. Devemos lutar contra isso, uma vez que o movimento é precursor de saúde, principalmente quando bem orientado. Estamos falando da prática de atividade física, preferencialmente orientada por um profissional de educação física habilitado.
Sabe-se hoje que o exercício físico não melhora apenas a força muscular e o sistema cardiovascular, melhora também a saúde mental, com maior controle do estresse, aumento da disposição, melhora do sono noturno, diminuição da sonolência diurna. O movimento combate o isolamento e a vida sedentária.
Costumo dizer que exercitar-se não é perder tempo, é ganhar saúde. Apenas 30 minutos por dia, pelo menos três vezes por semana já trazem grandes benefícios, mesmo que seja apenas uma caminhada rápida. É claro que se conseguirmos fazer um pouco mais, unindo atividades aeróbicas a aquelas de resistência e por mais dias da semana, melhor ainda.
Os neurotransmissores, que são hormônios, liberados com a prática de exercícios físicos, melhoram a autoestima, a imunidade e auxiliam no tratamento de transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão.
A endorfina, um dos neurotransmissores liberados com o exercício físico, promove sensação de bem-estar e felicidade, melhorando o sono noturno. Há melhora do humor e do estado de ânimo, com aumento da produtividade física e intelectual, facilitando o aprendizado.
Isso tudo sem contar com a melhora da disciplina alimentar, que acontece, progressivamente, com o hábito do treinamento físicos, o que ajuda no controle da obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Na saúde mental, vamos ter melhora do ânimo, da autoestima, da concentração, da ansiedade e da depressão. Não se sabe se a falta de atividades físicas pode contribuir com o aparecimento de doenças mentais, mas os estudos mostram que a realização de exercícios físicos geralmente melhora essas enfermidades. Alguns estudos atuais mostram que a depressão parece ser um pouco mais beneficiada com a atividade física do que ansiedade.
De qualquer forma, é importante saber que os exercícios físicos contribuem com o tratamento das doenças mentais, mas não podem, em hipótese alguma, substituir o tratamento médico e psicológico. Sintomas ansiosos, depressivos e outros incluídos nas doenças físicas e mentais indicam a necessidade de procurar orientação e conduta médica especializada.
É inegável o valor da atividade física regular e vale lembrar que o exercício físico é saudável não apenas ao coração ou à preservação dos músculos, mas também ao cérebro.
Fonte: primeirapagina