Os energéticos, populares entre jovens e adultos, são frequentemente usados para combater o cansaço e aumentar a disposição. No entanto, especialistas alertam que o consumo dessas bebidas está longe de ser seguro, especialmente quando ingerido em grandes quantidades.
Um dos principais componentes dos energéticos é a cafeína, uma substância que estimula o sistema nervoso central.
Uma lata de 250 ml de energético contém cerca de 80 miligramas de cafeína — o equivalente a um cafezinho de 60 ml.
A diferença está no volume consumido: enquanto o café é normalmente ingerido em doses moderadas, os energéticos são frequentemente consumidos em grandes quantidades, principalmente em festas e baladas.
Principais riscos do consumo de energéticos:
- Estimulação excessiva do sistema nervoso central: Pode causar ansiedade, insônia e agravar problemas de saúde mental, como depressão.
- Aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca: Risco de arritmias cardíacas e, em casos graves, morte súbita.
- Impactos na concentração e no bem-estar: O consumo excessivo pode deixar a pessoa simultaneamente alerta e dispersa.
- Combinação com álcool: Amplia os riscos cardiovasculares e neurológicos, além de mascarar os efeitos do álcool.
- Consumo em grandes volumes: A ingestão de 1 litro ou mais aumenta significativamente os riscos à saúde.
De acordo com o psiquiatra Marcos Estevão Moura, o consumo repetido de energéticos é particularmente perigoso.
“O efeito estimulante é muito grande e com isso a ansiedade vai surgir, a insônia vai surgir, problemas depressivos podem ser agravados com isso e outros problemas de saúde podem vir em decorrência do uso de energia”, explica o especialista.
Ele também ressalta que o efeito da bebida pode deixar a pessoa simultaneamente alerta e dispersa, impactando sua concentração e bem-estar.
Os riscos não se limitam ao sistema nervoso. O cardiologista Guilherme Bertão aponta que o consumo exagerado de energéticos também pode prejudicar a saúde do coração.
“[Os energéticos] aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca, podendo trazer uma série de problemas como as arritmias cardíacas. E essas arritmias cardíacas em alguns pacientes podem ser um grave, inclusive com risco de morte súbota”, alerta o médico.
A estudante Karine, consumidora frequente de energéticos, relata ter sofrido com os efeitos negativos do abuso da bebida.
“Às vezes eu ia para as festinhas, então aí eu tomava energético com vodka. Até um dia que eu comecei a passar mal”, lembra.
Depois da experiência negativa, Karine decidiu mudar seus hábitos. “Hoje em dia eu quase não bebo energético mesmo, é bem difícil”, afirma.
Os especialistas reforçam a importância de moderação e conscientização quanto aos perigos dessas bebidas.
Fonte: primeirapagina