Ari Miranda
Única News
A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (ACS-MT) emitiu uma nota nessa quarta-feira (28), onde defende os instrutores do curso de salvamento em que o aluno Lucas Veloso Peres (27), morreu afogado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
No documento assinado pelo presidente da ACS-MT, Sargento Laudicério Machado, a Associação expressou condolências aos familiares e amigos de Lucas, destacando que toda a equipe de instrutores do Corpo de Bombeiros de MT está abalada com a perda do aluno.
“Recebemos com muita tristeza a informação da perda do militar, que tinha o sonho de construir carreira e salvar vidas das pessoas que fazem parte de nossa sociedade. A equipe de instrutores e alunos também estão muito abalados com o que houve e estamos também dando o suporte necessário neste momento”, diz trecho da nota.
RELEMBRE O CASO:
– Bombeiro morre afogado durante curso de salvamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá
– Prints de mensagens atribuídas a alunos apontam que bombeiro morreu após “caldos” excessivos
Após o surgimento de uma polêmica envolvendo prints de WhatsApp, onde dois supostos alunos afirmam que Lucas morreu após ter sido vítima dos chamados “caldos”, Laudicério defendeu os trabalhos do Corpo de Bombeiros quanto nos cursos de formação, tratando o caso como uma “fatalidade”.
“Sabemos de todo preparo técnico dos instrutores e do aparato de segurança para que os treinamentos ocorram com todo zelo possível para formação de bons profissionais. O Aluno Soldado BM Lucas Veloso recebeu todo socorro necessário, mas, infelizmente, houve esta fatalidade” (…) Os instrutores/monitores associados ao comunicar a este representante associativo, relataram que o aluno já tinha feito treinamentos anteriores na lagoa. Iniciou a aula bem, como de costume, mas ao tomar posse do equipamento ‘flutuador’, foi perguntado se estava em condições de finalizar a atividade e ao entender que poderia, foi continuado”, garantiu.
“Aparentemente, ele [Lucas] sofreu um mal-súbito, mas vamos acompanhar a apuração e esperar o resultado da perícia para saber a real causa da morte. Sabemos que foi feito todo o possível”, pontuou.
Lógo após o ocorriso, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) instaurou procedimento administrativo para investigar a morte do aluno.
(Foto: Reprodução/Redes sociais)
SUPOSTOS “CALDOS”
Prints de conversas de WhatsApp atribuídos a alunos do Curso de Formação de Soldados (CFSd) do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, que circularam nas redes sociais após a morte de Lucas Veloso levantaram suspeita de excessos durante o treinamento, que resultou no incidente fatal.
Conforme divulgação oficial, o óbito de Lucas é tido como morte por “esforço físico na água”, fato que é negado na conversa de WhatsApp.
“Esforço físico meu p**, foi ‘caldo’[sic.]”, disse uma pessoa que, supostamente era aluno do curso e presenciou parte da ação na Lagoa Trevisan.
O termo “caldo” é usado para definir a ação de afundar a cabeça do aluno na água, segurando a pessoa pelos cabelos ou nuca e empurrando violentamente para submersão.
Em outro trecho da conversa, a suposta testemunha diz ter visto parte do ocorrido com o aluno-bombeiro, afirmando que só falará sobre o caso na Justiça.
“Vamos falar perante um juiz, falar todos os detalhes, porque os responsáveis têm que pagar”, finalizou.
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Fonte: unicanews