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Assédio: Quando o Interesse se Torna Abusivo – Como Identificar e Lidar com Situações de Assédio

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Elogios e críticas fazem parte da vida e precisamos nos acostumar com eles. Às vezes parecem merecidos, outras vezes parecem desproporcionais e até injustos. Ainda assim aprendemos a lidar com o que falam ou o que acham de nós ou dos outros. Vamos nos ater aqui à parte boa, o elogio, que nem sempre é uma parte tão boa assim, o que nos faz manter o pé atrás em alguns casos.

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É claro que quase sempre um elogio recebido é bom, massageia o ego, melhora a autoestima e faz emergir um sorriso que, muitas vezes, se encontrava escondido entre os dentes. Um elogio nunca é demais, desde que seja fruto de uma observação incondicional de um observador capaz de ver no outro algo que faz jus ao seu comportamento elogioso, semelhante ao de muitas pessoas que tecem o mesmo comentário ou que se calam, mesmo desejando fazê-lo.

Quando o elogio é desprovido dessas características é que passamos a vê-lo como malicioso, pretensioso, repetitivo e condicional, podemos estar diante de um comportamento conhecido como assédio sexual. É óbvio que existem outros interesses não sexuais em atitudes parecidas, mas vamos nos prender aqui ao assédio sexual, que vem geralmente por meio de um elogio precedido de um comportamento sedutor, que tem apenas um objetivo: o sexo.

E não apenas o sexo por si só, mas a busca do ato por meio de alguma forma de intimidação ou chantagem. É, em última análise, o domínio do outro, a demonstração de poder sobre o outro na obtenção de vantagens sexuais.

Há comumente grande insistência, que chega até a hostilidade. Por isso, as mulheres, ainda como o sexo frágil, são as que mais sofrem com esse tipo de abuso. Sim, é um abuso, que veio se perpetuando através do tempo e que ainda existe hoje no mundo moderno, apesar dos movimentos contrários a tais condutas.

É mais comum no ambiente de trabalho, partindo de um superior a um subordinado, quando o chefe assedia alguém de sua equipe; todavia ocorre entre pessoas do mesmo grau hierárquico, como colegas que exercem a mesma função no trabalho; e até mesmo o assédio dirigido a superiores, quando o assediador é um funcionário, que direciona seu comportamento sedutor à chefia. Em todos os casos trata-se do mesmo comportamento abusivo, desde que não esteja de acordo com o desejo da pessoa assediada.

A vergonha e o medo da exposição são alguns dos fatores que impedem a denúncia de um assédio sofrido. Outro fator é o medo da perda do emprego e a certeza da impunidade, quando o assédio acontece no ambiente de trabalho.

O assédio sexual, em última análise, trata-se de uma violência de gênero, com repercussões psicológicas para a vítima, que muitas vezes se vê acuada, sem saber que procedimentos deve tomar e, em diversas situações, sujeita-se ao assédio, permitindo-se à violência, presa aos temores que já citamos acima.

Há necessidade de mais orientações, desde a escola, sobre direitos e deveres de todos em relação ao seu próprio corpo e ao corpo do outro, assim como a necessidade de dizer não à tentativa de invasão não consentida de seu corpo e de denunciar esta tentativa, tão logo seja percebida como assédio.

Desde cedo aprendemos que sim é sim e não é não. Basta que exerçamos nossos direitos e usemos nosso aprendizado em todas as situações da vida e nessa, em especial. Afinal de contas, NÃO É NÃO.

Fonte: primeirapagina

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