Vamos falar do primeiro dos sete pecados capitais, a soberba, conceituada como arrogância, vaidade e autoimportância excessiva. É vivida por alguém com altivez extrema, com falta de humildade e crença de superioridade em relação aos outros. O soberbo é incapaz de reconhecer ou lidar com os próprios limites e lhe falta empatia com o próximo.
Assista abaixo Marcos Estevão falando sobre o assunto:
A pessoa soberba, muitas vezes, menospreza os sentimentos alheios, não valoriza suas experiências, põe-se acima de tudo e de todos, pois, muitas vezes, lhe falta compaixão com aqueles ao seu redor. Tal comportamento faz que as pessoas o antipatizem e se afastem dele.
Para o indivíduo soberbo, não há a opção de ser humilde, uma vez que para ele, humildade significa subestimar-se, menosprezar-se frente ao outro e isso ele não tolera. Necessita sempre reconhecer-se como maior, sem erros e sem limites. Todos os seus feitos e suas conquistas são por eles exaltados, ao passo que qualquer fracasso é negado.
A soberba aparece tanto nas relações individuais, quanto nas grupais. É comumente associada a manifestações racistas e de agressão às minorias. O indivíduo soberbo não tem a mínima capacidade de perceber a inadequação de suas palavras e atitudes. Pelo contrário, percebe-as como corretas e não aceita críticas a elas.
Para a igreja, a soberba é a raiz de todos os pecados. Para a saúde mental é vista como um traço negativo da personalidade, na maioria das vezes de difícil reparo. A pessoa soberba, frente às barreiras que enfrenta nos relacionamentos, muitas vezes chega a isolar-se e entristecer-se. A arrogância e o sentimento de superioridade terminam afetando seus relacionamentos interpessoais, assim como seu próprio desenvolvimento pessoal.
No fundo, a soberba pode ser apenas um mecanismo de defesa contra a própria insegurança e falta de autoestima. O tratamento psicológico, desde que aceito, pode favorecer o exercício da humildade, da empatia e permitir que o indivíduo reconheça suas próprias limitações e aprenda com seus erros, desenvolvendo o seu eu interior.
Quando sintomas depressivos de maior monta surgem – e isso pode acontecer no momento em que desmorona o castelo de superioridade – pode ser necessário tratamento psiquiátrico e uso de medicamentos. A verdade é que para quase tudo na vida há solução, inclusive para os vícios de comportamento. No caso da soberba, o remédio que a combate chama-se humildade.
Fonte: primeirapagina