Ari Miranda
Única News
Os mato-grossenses já sentem os efeitos da forte estiagem prevista para este ano no estado. A umidade em níveis baixos, na casa dos 20% a 30%, se junta às altas temperaturas e o vento mais intenso nessa época do ano, pedindo atenção especial com a hidratação, a imunidade e com a prática de atividades físicas ao ar livre e também cuidados com a hidratação, além do consumo consciente de água tratada na rotina doméstica diária, a fim de evitar desperdícios.
Segundo a concessionária Águas Cuiabá, responsável pela distribuição de água tratada e coleta de esgoto residencial na capital mato-grossense, o alerta deve ser redobrado, porque a cidade está no mapa oficial da situação crítica de escassez de água este ano. Cuiabá faz parte da Bacia Hidrográfica do Paraguai, região que registra déficit na recarga hídrica natural, comparando a média histórica das chuvas.
Atenta ao fenômeno climático, a empresa destacou que mantém contato permanente com órgãos oficiais e de monitoramento meteorológico, incluindo a Defesa Civil e Secretarias de Meio Ambiente do Município e do Estado.
“Estamos acompanhando o monitoramento hidrológico, intensificando o combate a vazamentos na rede de abastecimento e reforçando as campanhas de conscientização junto aos clientes do saneamento. Todos precisamos contribuir efetivamente. Cada gota importa, sobretudo em períodos críticos como este”, afirmou Julie Campbell, diretora de operações da Águas Cuiabá.
Diante da situação hídrica atual, a empresa orienta os consumidores cuiabanos à adoção de práticas simples no dia a dia, porém muito eficazes na economia de água, como fechar a torneira ao escovar os dentes ou ensaboar a louça, tomar banhos curtos, suspenda o uso de mangueiras na limpeza doméstica, e evitar usar água tratada para a lavagem de calçadas ou veículos.
(Foto: Reprodução/Internet)
Rio Cuiabá, principal manancial que abastece a capital mato-grossense. Ao fundo, a ponte Sérgio Motta.
SITUAÇÃO ALARMANTE
Segundo o Serviço Geológico do Brasil, a escassez de chuva deve ser uma das mais rigorosas da história, comparada somente a 2020, o que já levou o Governo Federal a divulgar um pacote de medidas para mitigar os efeitos da estiagem no Pantanal e na Amazônia nos próximos meses.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação crítica de escassez dos recursos hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai, até 31 de outubro de 2024. Uma resolução da agência federal (nº 95, de 13/05/2024) observa que o período de abrangência da declaração poderá ser prorrogado, mediante análise técnica, caso persistam as condições críticas identificadas na bacia.
Os objetivos da medida são intensificar o monitoramento dos mananciais e das chuvas na região, identificar impactos do uso da água e propor medidas de prevenção, entre outros.
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Fonte: unicanews