A atividade econômica da China voltou a crescer em janeiro, depois da redução dos casos de covid-19 no país e do afrouxamento das medidas restritivas impostas pelo governo de Xi Jinping.
Uma boa notícia para o agro brasileiro, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, responsável por 33% de toda a exportação agropecuária.
Mas os especialistas dizem que a partir de agora, a economia do país asiático não deve repetir o crescimento dos anos anteriores.
A China também sentiu os efeitos da covid-19 na sua economia.
No primeiro ano de pandemia em 2020, o PIB chinês foi de apenas 2,2%, o menor em quase 50 anos.
Já em 2021, o crescimento foi de 8,2%, dentro da média dos últimos 10 anos, mas é preciso levar em consideração que a base anterior foi muito ruim.
Em 2022 com o aumento do número de casos e a política de covid zero imposta pelo governo chinês a economia chinesa estagnou e fechou o ano com crescimento de apenas 3%, o segundo pior desde a revolução comunista em 1976.
Com a crise mundial, a demanda externa por produtos chineses despencou, o desemprego no país aumentou, o consumo interno caiu e a população chinesa diminuiu pela primeira vez em mais de seis décadas, com uma redução de 850 mil habitantes em um ano.
Depois de vários protestos organizados pela população por todo o país em dezembro e a flexibilização das restrições, a economia chinesa começa a dar sinais de recuperação, embora ainda em ritmo lento.
A China é o maior exportador e o segundo maior importador do planeta.
A recuperação desse player gigante do mercado internacional com uma população de 1,4 bilhão de pessoas é fundamental para a economia global, especialmente para o agro brasileiro, já que 33% das exportações agropecuárias tem como destino a China e Hong Kong.
Mas a partir de agora, a China não deve repetir PIBs de dois dígitos como no passado.
Mesmo antes da pandemia, a economia chinesa já vinha desacelerando nessa última década, resultado de um bolha financeira criada pelo próprio governo, quando liberou crédito demais aos chineses durante a crise mundial de 2008, além disso, a economia chinesa vive um momento que os economistas chamam de armadilha da renda média.
Fonte: canalrural