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Advogados condenados por organização criminosa têm direito de advogar suspenso por 14 anos, decide juiz

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Os advogados Roberto Luís de oliveira, Hingritty Borges Mingotti e Jéssica Maróstica foram condenados por organização criminosa a penas que, somadas, chegam aos 14 anos. Eles também tiveram o direito de advogar suspenso, bem como serão monitorados por tornozeleira. Já o jurista Tallis de Lara Evangelista foi absolvido. Três membros do Comando Vermelho foram sentenciados 19 anos. Todos eles foram alvos da Operação Gravatas, deflagrada em março de 2024 para desbaratar as ações entre os juristas e os faccionados no município de Tapurah. Sentença foi proferida na manhã desta segunda-feira (13) pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop.

 
Roberto Luís de Oliveira, identificado como líder do núcleo jurídico, recebeu pena de cinco anos, cinco meses e dez dias de reclusão em regime semiaberto. Já Hingritty foi condenada a cinco anos e quatro meses de prisão, enquanto Jéssica Daiane Maróstica foi sentenciada a quatro anos e oito meses, ambas no regime semiaberto. Tallis Lara foi absolvido de todos os crimes por falta de provas.
Na mesma sentença, o juiz decidiu absolver os advogados do delito de colaborar, como informante, para o tráfico de drogas. Eles poderão recorrer em liberdade.
Vulgo “Dark”, Tiago Telles foi condenado a 7 anos. Robson Júnior Jardim dos Santos, o “Sicredi”, recebeu pena de seis anos, enquanto Paulo Henrique de Campos Aguiar, o “Noturno”, pegou seis anos. Todos cumprirão o começo da pena no regime fechado.
Ao condenar os advogados, o magistrado destacou a gravidade das respectivas condutas, pois, no lugar de cumprirem o papel de juristas, agiram para fortalecer a estrutura e ações do Comando Vermelho, usando as prerrogativas legais de forma ilícita.  
Os condenados terão medidas cautelares, incluindo a suspensão de suas atividades na advocacia criminal, recolhimento domiciliar noturno e monitoramento eletrônico.
De acordo com as investigações, Roberto seria o líder do núcleo jurídico, responsável por estabelecer as ligações e fazer girar a engrenagem do esquema, arregimentando clientes e organizando transferências.
Os advogados atenderiam aos interesses dos faccionados em troca de dinheiro. Informações sigilosas eram repassadas aos membros do Comando Vermelho pelo grupo, em troca de proteção e pecúnia. Centenas de milhares de reais em espécie foram encontrados com os alvos.

 

Fonte: Olhar Direto

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