O Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso suspendeu o advogado de Cuiabá T.C.S. por agressão e violência psicológica contra a ex-companheira. Em outubro foram divulgados vídeos que mostram o jurista batendo e xingando a esposa na frente da filha deles, que filmou o crime.
O advogado passou por um procedimento administrativo junto à OAB, sendo determinada a suspensão por 90 dias. Com a punição, ele fica proibido de exercer duas atividades durante o período. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (14) e a decisão foi unânime, por quatro votos a zero.
Relatora do processo, a advogada Renata Faria de Oliveira Vivela afirmou que a conduta dele foi “prejudicial à dignidade da advocacia”. “Entendo que os atos praticados pelo representado repercutiram prejudicialmente à dignidade da advocacia, e merecem desta Corte Disciplinar a aplicação da medida cautelar preventiva no Artigo 70, § 3º da Lei 8.906/94 – EAOAB”, diz o relatório.
A relatora pontuou que o indício da materialidade da infração disciplinar e da autoria do representado são suficientes, e o perigo da demora é evidente, dado o impacto negativo contínuo na imagem da advocacia.“A suspensão preventiva é, portanto, justificada e necessária para preservar a dignidade da advocacia”, completou.
O caso
T.M.O expôs no dia 23 de outubro, nas redes sociais uma série de vídeos em que o ex-marido, um advogado criminalista, aparece agredindo-a com tapas, puxões de cabelo e empurrões. Ela acusa o homem de agredir a filha dela, de 16 anos. Foi a menor quem gravou as agressões. A mulher ainda expôs uma série de prints em que é xingada pelo ex-companheiro.
Na época, em entrevista a vítima afirmou que ela e o suspeito estavam casados há 9 anos e disse que, assim que começaram a morar juntos, as agressões contra ela tiveram início, afirmando ainda que vivia momentos de horror durante as agressões, que ocorreram até mesmo durante suas gestações. A vítima ressaltou ainda que as agressões iam de enforcamentos a socos e até mesmo mordidas e, na maioria das vezes, os espancamentos aconteciam na frente dos filhos do casal.
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Fonte: unicanews