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Abandono do tratamento de HIV: mais de 1,4 mil pessoas deixam de se cuidar em Mato Grosso

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Dados de um levantamento da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram que 1.453 pacientes com HIV/Aids deixaram de fazer tratamento há mais de 100 dias, nas unidades de saúde do Estado.

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Há tratamento gratuito pelo SUS para HIV/Aids. (Foto: Reprodução)

Segundo a SES, o abandono do cuidado em saúde pode agravar o quadro clínico e até evoluir até a morte.

Conforme o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), nos anos de 2022 e 2023, foram notificados 1.927 novos casos da infecção por HIV em Mato Grosso. Em relação à Aids, o sistema aponta 679 novos casos neste mesmo período.

O levantamento da SES apontou ainda 206 mortes em 2022 e 168 pessoas que perderam a vida em 2023 com menção ao HIV ou à Aids como causa base, conforme o Sistema de Informação sobre Mortalidade.

Os municípios, que são responsáveis pela atenção primária, estão estruturados para receber esses pacientes e a SES tem investido na capacitação dos profissionais de saúde para que as unidades básicas ofertem o melhor atendimento possível.

As pessoas que vivem com HIV/Aids são acompanhadas pelos Serviços de Assistência Especializada (SAE), administrados pelos municípios. Em Mato Grosso, há 28 SAEs localizados nos municípios de Alta Floresta, Peixoto de Azevedo, Barra do Garças, Cáceres, Canarana, Confresa, Diamantino, Itiquira, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Canaã do Norte, Primavera do Leste, Ribeirão Cascalheira, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Querência, Itaúba, Várzea Grande, Água Boa, Colíder, Nova Xavantina, Nova Mutum e dois em Cuiabá.

O Cermac (Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade), unidade administrada pela SES, também dispõe de um SAE, cujo local é referência para os casos agravados e também para os municípios em que não possuem um SAE.

Prevenção e tratamento

A responsável técnica pela temática na SES, Valéria Francischini, afirma que, para diminuir esses números no estado, é necessário que a população tenha consciência da importância da prevenção.

Entre os serviços disponibilizados gratuitamente via SUS, estão: preservativos masculino e feminino; aconselhamento sobre HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs); testagem rápida, que é segura e sigilosa; autoteste; Profilaxia Pós-Exposição (PEP) nos casos de sexo consentido sem proteção, violência sexual e acidentes com materiais biológicos potencialmente contaminados; Profilaxia Pré-exposição (PrEP) para pessoas que não estão infectadas e que fazem parte das populações chaves, prioritárias e população em geral expostas a situações de risco ao HIV.

Fonte: primeirapagina

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