A vitória dos Beatles na edição deste ano do GRAMMY Awards está gerando polêmica. A banda levou para casa o gramofone com “Now and Then”, que chegou ao mundo graças ao uso de Inteligência Artificial, e o problema estaria justamente aí. A gente explica abaixo o que está acontecendo em torno da “última música dos Beatles”.
LEIA MAIS:
> Grammy: veja a lista completa dos vencedores da edição de 2025
> Now and Then: veja o documentário da “Última música dos Beatles”
> Brasileiros protestam tratamento dado a Milton Nascimento no Grammy Awards
A canção de 2023 ganhou na categoria “Melhor Performance de Rock”, superando concorrentes como Green Day, Pearl Jam, The Black Keys, Idles e St. Vincent. Sendo esta a primeira vez que uma música criada com ajuda consciente de IA é indicada e, consequentemente, vencedora de um Grammy, de acordo com a Billboard.
Como “Now and Then” traz John Lennon a partir de uma gravação dos anos 70, com qualidade não apropriada, se fez necessário o uso de IA para que a voz dele fosse isolada e recuperada. Ou seja, sem a tecnologia a canção não existiria. Com isso, questionou-se a inclusão da música entre as indicadas – e vencedoras – da cerimônia.
No entanto, reforçando, a Inteligência aplicada não criou de forma artificial a voz de Lennon. A ferramenta já é usada rotineiramente por produtores e engenheiros, atuando somente na limpeza da demo de décadas atrás, com excesso de ruído. Paul McCartney fez questão de explicar na época do lançamento.
“Vimos alguma confusão e especulação sobre isso. Parece haver muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muito nesta fase, mas para ser claro, nada foi criado artificialmente ou sinteticamente. É tudo real e todos nós jogamos nisso. Limpamos algumas gravações existentes – um processo que durou anos.”
Se a música é a “Melhor Performance de Rock” do Grammy 2025 é outra coisa, mas ela tem direito de estar ali, como todas as demais.
Fonte: portalpopline