Embora o álbum solo de Rosé, do BLACKPINK, tenha quebrado uma série de recordes na indústria e agradado a maioria dos críticos e fãs, a Pitchfork, renomado veículo especializado em música, publicou uma resenha negativa sobre o “rosie”. De acordo com a publicação, o álbum não é “nada revelador” como prometeu a artista e tampouco “empolgante”.
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A Pitchfork costuma ser dura em suas resenhas negativas e na avaliação do álbum de Rosé não foi diferente. Apesar de elogiar sua capacidade vocal e a parceria de sucesso da cantora com Bruno Mars em “APT.”, o veículo fez duras críticas a indústria do k-pop e incluiu a cantora nesta narrativa. A nota atribuída ao álbum “rosie” foi de apenas 5.5 (10 sendo a máxima) e a justificativa para tal está, segundo o autor do texto, na falta de identidade.
“Rosé ganhou destaque com o single principal de ‘rosie’, ‘APT.’, uma colaboração envolvente de pop-rock com Bruno Mars. Apesar da estrutura e premissa simples da faixa, Rosé se solta. Seus vocais voam sobre sintetizadores vibrantes e percussão cativante. Crucialmente, a música destaca seu instrumento mais valioso: sua voz, um recurso maleável que pode entoar, gritar, harmonizar e cantar sem perder o timbre que a torna reconhecível em qualquer idioma,” diz um trecho da resenha.
O autor, no entanto, aperta a crítica quando fala sobre as composições presentes no álbum e o déficit de autenticidade:
“O restante de ‘rosie’ não captura o mesmo brilho: sua narrativa dominante de desilusão amorosa está mais preocupada em experimentar diferentes estilos. ‘rosie’ carece do senso de identidade necessário para contar essa história, exibindo apenas referências pop ultrapassadas e um sentimento genérico de mágoa persistente. Musicalmente, ‘rosie’ se posiciona à sombra do passado recente do pop, situando-se entre In the Lonely Hour, de Sam Smith, e Badlands, de Halsey. Mesmo com o suporte de uma grande gravadora, um comitê estrelado de compositores e produtores, e os oito anos de experiência de Rosé no BLACKPINK, ‘rosie’ não oferece nada revelador ou empolgante. Suas composições empalidecem em comparação ao cânone dos grandes álbuns sobre términos de relacionamento”, pondera a Pitchfork.
Apesar da nota baixa e críticas da Pitchfork, o álbum de Rosé tem sido bem avaliado pelos críticos. As resenhas da Rolling Stone, da NME e da Clash Music foram favoráveis.
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Falta de identidade entre artistas de K-Pop
Ao publicar a crítica do álbum “rosie” da Rosé, o renomado site também levantou uma questão quanto aos artistas de K-Pop em geral: a falta de identidade. “Essa questão da identidade pessoal é delicada no K-pop. Grande parte do gênero é construída sobre o projeto de fantasia, onde os ídolos são tratados como telas para ideias e temas maiores. O custo dessa abordagem, muitas vezes, é a singularidade do ídolo — ou, pelo menos, a compreensão que o público tem dela”, diz o veículo de música.
“Embora impressões da personalidade dos artistas estejam espalhadas em vlogs de bastidores, lives espontâneas e, talvez, em uma conta pessoal no Instagram (se a empresa permitir), esse toque humano raramente se manifesta na música em si. Porém, sejamos claros: no K-pop, essa qualidade raramente é motivo de controvérsia ou um fator que determina o valor de entretenimento”, completa.
Fonte: portalpopline