O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou nesta quinta-feira, 23, a região de Kherson, parcialmente ocupada por tropas russas. A área esteve sob controle da Rússia desde o início da guerra e foi recuperada por uma contraofensiva de Kiev em novembro, mas ainda há pontos sob disputa.
Durante a visita surpresa, Zelensky foi até um hospital, onde conversou com soldados ucranianos feridos. O presidente também visitou uma das usinas de energia da região.
No aplicativo de mensagens Telegram, ele esclareceu que falou com os moradores da região e que o governo planeja retomar o serviço de água e eletricidade.
“Uma viagem de trabalho para a região de Kherson. Na vila de Posad Pokrovske, muitas casas e instalações de infraestrutura social foram danificadas como resultado da agressão em grande escala da Rússia”, disse o presidente. “A eletricidade e o abastecimento de água estão sendo restaurados, um ambulatório médico está sendo reconstruído e as pessoas estão voltando”.
Apesar da retomada de serviços, parte da região ainda sob o domínio da Rússia, principalmente na margem leste do rio Dnipro.
“Consideramos a restauração do fornecimento de eletricidade nos territórios desocupados e o reparo de equipamentos destruídos como resultado do bombardeio russo”, disse Zelensky. “Temos que garantir a restauração e proteção completas de nosso setor de energia”.
Kherson foi ocupada durante oito meses pelas tropas russas e os moradores relatam que durante o período tiveram que registrar os bebês recém nascidos como russos para receberem suprimentos para o cuidado das crianças. Porém, muitas pessoas aguardaram a reconquista ucraniana para poder registrar os filhos.
Antes da guerra, cerca de 1.200 bebês nasciam no hospital, número que caiu para 489 durante a ocupação russa. Autoridades acreditam que muitas mães fugiram da cidade para regiões não ocupadas ou exterior.
Mesmo com a volta do domínio ucraniano na região, Kherson é caracterizada como uma cidade fantasma, visto que muitos antigos moradores não voltaram para suas casas devido aos bombardeios no Dnipro.
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Fonte: Veja