Centenas de milhões de europeus votaram para escolher 720 deputados que vão fazer parte do Parlamento Europeu. As eleições europeias começaram na quinta-feira 6 em alguns países e se encerram neste domingo, 9, na maioria das 27 nações que compõem a União Europeia.
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Pesquisas de boca de urna divulgadas pela imprensa europeia mostram que a direita de vários países pode ter conseguido mais cadeiras do que tinha na atual composição do Parlamento. Na Áustria e na Alemanha, as sondagens sugerem uma guinada para a direita.
O Partido da Liberdade da (FPÖ), de direita, lidera as eleições no país, com seis eurodeputados (contra três) e 27% dos votos, de acordo com uma sondagem da emissora pública ORF.
O segundo lugar é uma batalha acirrada entre o ÖVP de centro-direita, com cinco eurodeputados (abaixo dos sete) e 23,5%, e os socialistas do SPÖ, com também cinco eurodeputados e 23% dos votos.
Na , as sondagens indicam que o partido democrata-cristão CDU obtenha apenas cerca de 30% dos votos, semelhante aos 29% em 2019, seguido pela Alternativa para a Alemanha, de direita, em segundo lugar, com 16,5%, acima dos 11% em 2019. Os sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz aparecem na sequência com 14% e os Verdes com 12%.
Na , a votação ocorreu na quinta-feira e as projeções indicam que o partido PVV de Geert Wilders conquistará sete lugares, confirmando uma tendência para partidos de direita eurocéticos.
As sondagens também indicam vitória da direita ou centro-direita na , , , e . Na , a esquerda teria obtido mais cadeiras.
Resultados das eleições europeias prévios começam a ser divulgados neste domingo
De acordo com o Parlamento Europeu, os primeiros resultados oficiais devem ser divulgados por volta das 20h30 no horário da Europa Central (15h30 no horário de Brasília). Uma nova rodada será divulgada depois das 23h30 (18h30, em Brasília), quando encerra-se a votação na Itália.
O número de eurodeputados de cada país é fixado conforme a população, variando entre 96 na Alemanha e apenas seis em Chipre, Malta e Luxemburgo.
Pela primeira vez desde o início das eleições diretas na UE em 1979, a votação não inclui o Reino Unido, cujos 73 eurodeputados abandonaram o país depois do Brexit, em fevereiro de 2020.
Nenhum partido tem maioria no Parlamento Europeu e as votações são muitas vezes decididas questão a questão, encontrando-se uma coligação que comande a maioria necessária. De acordo com a imprensa, o Parlamento sempre foi dominado por dois grandes grupos: o Partido Popular Europeu, de centro-direita, e os Socialistas, de centro-esquerda.
Os dois perderam a maioria combinada nas eleições de 2019, desde quando tiveram de formar alianças informais com partidos como os Verdes e os Liberais, e as sondagens sugerem que é pouco provável que recuperem essa aliança em 2024.
Fonte: revistaoeste