O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na China nesta quarta-feira, 12, para uma das mais importantes viagens de seu terceiro mandato, saudada como “o retorno de um grande amigo” pelo Global Times, jornal em inglês sob os auspícios do Partido Comunista Chinês.
“Em meio a uma movimentada agenda diplomática de primavera, a China receberá outro velho amigo – o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva”, diz o texto. “A visita de Lula carrega a grande expectativa de que China e Brasil, ambos países em desenvolvimento e economias emergentes, darão início a uma nova era nas relações bilaterais e injetarão um impulso positivo no mundo.”
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Em entrevista à imprensa na terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou que o fato de o petista viajar logo depois de sua recuperação de uma pneumonia mostra “a grande importância que ambos os lados atribuem a esta visita e nossas relações bilaterais”.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil: 27% de tudo o que foi exportado pelo país no ano passado teve como destino o mercado chinês. O governo também pretende usar a ida do presidente ao país para fazer uma virada de página na relação com os chineses, depois das hostilidades do governo de Jair Bolsonaro.
Especialistas ressaltam a oportunidade do Brasil de expandir a exportação de carnes para o gigante asiático, com a autorização e a abertura de novas plantas de produção que tenham permissão para que seu produto seja enviado e consumido pelos chineses.
Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a China é o principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro desde 2013. No ano passado, 31,9% da exportação nacional de produtos do setor teve Pequim como destino.
Já na infraestrutura, a China é, também, um dos principais investidores no Brasil. De acordo com o Itamaraty, entre 2007 e 2021, o Brasil foi o quarto principal destino internacional de investimentos chineses (4,8% do total) e o principal na América do Sul (48%).
A expectativa é que a viagem possa fortalecer ainda mais a relação sino-brasileira, particularmente importante para o Brasil, que pode utilizar a parceria para suprir carências no setor de infraestrutura.
Fonte: Veja