O ditador decidiu retaliar a Argentina ao fechar o espaço aéreo da Venezuela para o país. A punição é pelo que chamou de do Boeing 747, da estatal Emtrasur. A aeronave pertence à empresa venezuelana e estava retida no Aeroporto Ministro Pistarini, em Ezeiza, na Grande Buenos Aires. Em fevereiro, com a permissão da Argentina, o governo norte-americano tomou o avião para si.
Com a proibição de voos argentinos em seu território, a Venezuela vai afetar rotas particulares e comerciais para destinos turísticos, como Punta Cana, Miami e Nova York.
Por meio dos EUA, o governo de Javier Milei se pronunciou sobre a retaliação:
“A Argentina iniciou ações diplomáticas contra o governo da Venezuela, chefiado pelo ditador Maduro, após sua decisão de impedir a utilização do espaço aéreo do país por qualquer aeronave argentina”, declarou o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, em entrevista coletiva.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil, chamou o governo argentino de neonazista e reiterou o anúncio de punição.
“A Venezuela exerce plena soberania em seu espaço aéreo; nenhuma aeronave, proveniente ou com destino à Argentina, poderá sobrevoar nosso território, até que nossa empresa seja devidamente indenizada pelos danos causados”, escreveu o chanceler.
Entenda o caso
Para confiscar o Boeing 747, da estatal Emtrasur, os Estados Unidos alegaram que o avião, de fabricação americana, foi fornecido pela companhia aérea Mahan Air, do Irã, que está sob sanção dos EUA.
O motivo é o apoio da empresa às Forças Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, uma organização terrorista.
Segundo as regras norte-americanas, por causa dos embargos, a compra precisaria de uma autorização prévia de Washington.
Fonte: revistaoeste
