A Controladoria da Venezuela, alinhada ao ditador Nicolás Maduro, informou que inabilitou a candidatura de mais cinco opositores ao regime socialista. A decisão foi tomada na quarta-feira 24. Dos políticos barrados pelo órgão, dois são prefeitos em exercício e três são ex-deputados.
Eles se juntam a uma longa lista , inelegível por 15 anos, ao ser condenada pela Suprema Corte venezuelana. Ela venceu as primárias da oposição e era a favorita para as eleições de 28 de julho.
Opositores da Venezuela: 15 anos de inelegibilidade
A medida que torna inelegíveis nomes de opositores a Maduro pode durar 15 anos. Nesse caso, isso vale para os prefeitos Elías Sayegh, de El Hatillo, e José Antonio Fernández López, de Los Salias.
O mesmo período de desqualificação também se aplica aos ex-deputados Tomás Guanipa e Carlos Ocariz. Já para o ex-parlamentar Juan Carlos Caldeira, a desqualificação vai durar 12 meses.
Todos os três ex-deputados são partidários de Henrique Capriles, duas vezes candidato presidencial. Ex-líder da oposição à ditadura de Maduro na Venezuela, ele também foi inabilitado pela Controladoria, em 2017.
Ocariz, Guanipa e Caldera, que com Capriles fazem parte do partido Primeiro Justiça (PJ), rejeitaram as medidas.
No Twitter/X, Guanipa pediu às pessoas que compareçam às urnas em 28 de julho. “Não importa o que façam, nem como façam, nada nos distrai”, afirmou. “Ninguém nos tira do caminho eleitoral. Todos às urnas em 28 de julho!”
A principal aliança opositora, a Plataforma da Unidade Democrática (PUD), classificou as desqualificações contra as cinco candidaturas de oposição como “ilegais”.
De acordo com o jornalista e especialista em temas eleitorais Eugenio Martínez, os cinco nomes inelegíveis pela ditadura da Venezuela são “potenciais candidatos a cargos regionais e parlamentares”.
Portanto, para Martínez, as medidas da Controladoria também inviabilizam esses pleitos. As eleições para prefeito e governador serão disputadas em 2025 na Venezuela.
Eleições na Venezuela: Maduro aparece 13 vezes em cédula
A fotografia de Nicolás Maduro aparece 13 vezes na cédula de votação das próximas eleições presidenciais do país. O documento, expedido pelo , controlado pelo regime, foi apresentado na última segunda-feira, 22.
Maduro exibiu a cédula em seu programa na televisão estatal da Venezuela e se defendeu da acusação de manipulação do documento. O nome e a foto do ditador aparecem no topo da cédula e na parte esquerda.
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Além das 13 fotografias de Maduro, a cédula apresenta outros 14 candidatos indicados por 37 partidos. No programa de televisão, Maduro disse que a cédula ainda pode sofrer modificações, já que o prazo para que partidos e candidatos formem novas alianças foi estendido por 72 horas a partir de domingo.
Fonte: revistaoeste