A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pelo ditador Nicolás Maduro, aprovou, nesta quinta-feira, 21, a criação de um novo Estado em Essequibo, na Guiana.
Com a decisão, os venezuelanos ignoram o julgamento internacional, que está em andamento na Organização das Nações Unidas ().
Além de ignorar o julgamento na ONU, o ditador da Venezuela também desconsiderou o acordo feito entre os dois países. Maduro e o presidente guianês, Irfaan Ali, haviam se comprometido a buscar uma solução pacífica para a disputa.
À época, um vídeo que foi publicado nas redes sociais mostrou os dois políticos juntos, um apertando a mão do outro.
#Entérate Freddy Ñáñez, ministro de Comunicación e Información, informó que ya culminó la reunión en San Vicente y las Granadinas entre el gobernante venezolano, Nicolás Maduro y su homólogo guyanés, Mohamed Irfaan Alí. #TalCual #ClaroyRaspao pic.twitter.com/kamXjnNvU6
— TalCual (@DiarioTalCual) December 14, 2023
Depois do encontro, os países divulgaram um comunicado em que ressaltavam o acordo. O documento diz que ambos “não ameaçarão”, tampouco “usarão a força uma contra a outra, sob quaisquer circunstâncias”.
Venezuela vota lei para tornar inelegível quem apoiar Guiana na disputa pelo território de Essequibo
Conforme mostrou , a Assembleia Nacional aprovou, na última terça-feira, 19, — forma da qual Caracas chama o território. O Legislativo propôs um artigo que pune os “traidores da pátria”, isto é, quem apoia a Guiana na disputa por Essequibo.
De acordo com o texto, quem estiver ao lado da Guiana não poderá concorrer a cargos eletivos nem exercer cargos públicos. A medida, conforme o artigo, vale para “as pessoas que favorecerem publicamente a posição da República Cooperativa da Guiana sobre a Guiana Essequiba”.
Fonte: revistaoeste