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Vaticano autorizou ordenação de padres gays? Entenda a decisão.

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Nos últimos dias, manchetes de diversos veículos de comunicação sugeriram que o Vaticano teria permitido a entrada de candidatos homossexuais nos seminários, o que seria uma grande mudança na Igreja Católica.

A polêmica se originou com a publicação do documento A formação de padres nas igrejas da Itália: diretrizes e padrões para seminários, redigido em dezembro de 2024 e divulgado pela Conferência Episcopal Italiana nesta quinta-feira, 9.

No entanto, a leitura do documento revela não houve alteração na posição tradicional da Igreja sobre a ordenação de candidatos com tendências homossexuais “profundamente arraigadas”, apenas reafirma a necessidade de um discernimento mais rigoroso nestes casos.

O estabelece que a Igreja Católica “não pode admitir ao Seminário e aos Ordens sacras aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou sustentam a chamada cultura gay”.

O trecho que gerou controvérsia defende que o discernimento vocacional não pode ser reduzido apenas à orientação sexual do candidato, mas deve ser analisado dentro do “quadro global da personalidade do jovem”.

Isso significa que um homem que tenha experimentado inclinações homossexuais no passado, mas que não as considere uma parte central de sua identidade e viva plenamente o celibato, não deve ser prontamente rejeitado e que situações do tipo devem ser avaliadas avaliado caso a caso.

Este ponto foi interpretado por alguns setores da imprensa como uma “abertura” do para a entrada de gays nos seminários. No entanto, o documento não estabelece uma mudança na doutrina, apenas reafirma que o critério fundamental é a maturidade afetiva e a vivência do celibato, independentemente da orientação sexual do candidato.

Vaticano reafirma postura tradicional da Igreja

A publicação enfatiza que a formação sacerdotal exige que o candidato seja capaz de viver a castidade e o celibato com liberdade e maturidade. O texto reforça que a castidade “não é uma indicação meramente afetiva, mas a síntese de um comportamento que expressa o contrário do desejo de posse”.

Além disso, o documento estabelece que a seleção de candidatos deve levar em conta a capacidade de integrar sua afetividade e identidade de forma equilibrada. Durante a formação, os seminaristas devem “conhecer-se e integrar os objetivos próprios da vocação humana e presbiteral” e garantir que estejam plenamente aptos a viver a vida sacerdotal.

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Papa Não Mudou As Regras Do Jogo, E União Homossexual Segue Não Sendo Casamento Aos Olhos Da Igreja | Foto: Reprodução/X @Vaticannews_Pt

Assim, o texto não libera que gays se tornem padres de forma irrestrita, como a imprensa nacional e internacional sugeriu. O que o documento faz é reiterar que cada candidato deve ser avaliado individualmente, e que a vivência plena do celibato continua como o critério fundamental para a ordenação sacerdotal.

Embora a mídia tenha destacado uma suposta flexibilização na admissão de homossexuais nos seminários, a realidade é que a Igreja mantém sua posição tradicional e apenas reforça a necessidade de um discernimento vocacional aprofundado.

Além disso, o documento também aborda outras questões sobre os seminários, como a importância da direção espiritual aos seminaristas e a necessidade de um rigoroso processo de seleção.

Fonte: revistaoeste

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